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Mulheres relatam que foram dopadas a estupradas por Rodrigo Carvalheira:: ‘Acordei numa cama e tinha muito sangue’
Mulheres relatam que foram dopadas a estupradas por dono de camarote do carnaval: 'Acordei numa cama e tinha muito sangue'
Três mulheres denunciaram o empresário Rodrigo Carvalheira, um dos donos dos principais camarotes do carnaval de Pernambuco, preso na manhã desta quinta-feira (11), em Recife. Em entrevista para a TV Globo, uma das vítimas, que não quis ser identificada, relatou que foi dopada e estuprada por Carvalheira.
“Acordei numa cama e tinha muito sangue. […] Quando eu fui tomar banho, foi quando eu vi o quanto eu estava machucada […] ainda estava com sangue, com muita dor”, disse.
Segundo a mulher, o caso aconteceu após uma festa, em 2009, quando ela tinha 18 anos, mas foi denunciado à polícia no final do ano passado. Ela estava em uma boate na capital pernambucana com os amigos quando foi abordada pelo empresário, que perguntou se ela “queria ficar mais alegre para curtir a festa”.
“Ele me deu um comprimido, eu tomei. E aí continuou a festa e eu vi que eu estava ficando, tipo, muito louca, comecei a passar mal. […] Eu lembro que saí do banheiro e ele estava me esperando na porta […] Quando eu vi, ele ‘e aí, bateu?’, e eu: “Titela, eu estou passando meio mal, preciso ir para casa’, aí ele ‘não, fique tranquila, eu te levo'”, contou a mulher.
“Fiquei muito mal, principalmente porque eu era virgem. Fui conversar com ele, fiz: ‘Titela, como tu fala isso para as pessoas, tipo, eu não lembro de nada, estava apagada’, aí ele disse que ‘sim, fiz e faria de novo’, falou, tipo, debochando”, declarou.
A outra vítima, que também era amigo de Rodrigo, procurou procurou a polícia no ano passado para denunciar o abuso, que, segundo ela, aconteceu no carnaval de 2019, quando tinha 31 anos, o empresário foi buscá-la em casa para uma festa.
A mulher relatou que o empresário estava com um copo de bebida na mão e colocou um comprimido na boca dela. “Eu já tinha bebido muito, estava muito vulnerável, sonolenta, enfim, e engoli o remédio. Na época, ele disse que era uma droga, disse que era um ecstasy. A partir daí, eu não tenho mais lembrança nenhuma, minha memória apagou completamente”, disse.
De acordo com o relato, no dia seguinte, ela acordou na cama do quarto com o empresário em cima dela e que, depois, encontrou várias manchas de sangue espalhadas pela casa. “A única reação que eu tive foi pegar um travesseiro, colocar na cara dele […] fechei o olho e só esperei, só rezei pra ele acabar e sair de cima de mim […]”, afirmou.
Já o terceiro caso aconteceu em 2011, quando a vítima tinha entre 16 e 17 anos. Em depoimento, ela disse que estava deixando uma festa no Recife quando o empresário ofereceu uma carona e ela aceitou pois “conhecia e confiava nele”. No entanto, ele desviou o caminho e a levou até um motel.
No boletim de ocorrência, a vítima contou que Rodrigo insistiu para que ela entrasse e, dentro do quarto, a forçou a tirar a roupa e a transar com ele. Ela ainda relatou à polícia que o empresário tinha prazer em vê-la resistindo.
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