O Brasil tem, em média, mil casos de roubos e furtos de carro por dia, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023.
A modalidade teve alta de 8% no ano passado e chegou a 373.225 mil ocorrências.
O histórico mostra uma tendência de alta nos crimes: em 2021, foram mais de 300 mil unidades furtadas e roubadas no país e, em 2020, 299,5 mil veículos.
Ainda segundo o Anuário, em 2022, 60,3% dos veículos subtraídos foram em ocorrências de furto e 39,7% em roubos.
Em termos relativos, quando calculada as taxas de ocorrências para grupos de 100 mil veículos registrados, se constata que, em 2018, a taxa de roubos e furtos por 100 mil veículos era similar, mas, de lá para cá, a taxa de roubos caiu 47,6%, enquanto a de furtos caiu apenas 19,6%.
Atualmente, furto é a principal modalidade criminal de subtração de carros no Brasil.
Só em São Paulo, estado com maior frota de veículos do país, foram registrados 18.574 roubos de carros no primeiro semestre de 2023, uma queda de 1,3% comparando o mesmo período do ano passado (18.574).
A quantidade de furtos teve uma alta de 4,2%. Em 2023 foram 47.196 registros só no primeiro semestre. No mesmo período do ano anterior, foram 45.296.
Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou o ranking dos 10 carros mais roubados do Brasil entre janeiro e julho de 2023.
A pesquisa compara ainda com o mesmo período do ano de 2022.
Confira o ranking:
- 1º Lugar – Volkswagen Gol (modelo G8 varia entre R$ 48.864,00 até R$ 122.800,00)
Por muitos anos queridinho da VW, o Gol saiu de linha em 2023, mas é o campeão de roubos no Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, foram 8.941 carros roubados. Mesmo com uma queda de 9,6% nos registros, ainda é o mais visado pelos ladrões no país.
- 2º Lugar – Fiat Uno (Varia entre R$ 56.777,00 a R$ 89.635,00)
Um dos mais queridos da marca, o Uno saiu de linha em 2022, mas, mesmo assim, é o segundo mais roubado no Brasil. Entre janeiro e julho deste ano foram 6.865 unidades roubadas, uma queda de 8,5% em comparação com o mesmo sete meses de 2022.
- 3º Lugar – Chevrolet Onix (A partir de R$ 82.490)
O carro mais vendido do Brasil é o terceiro mais roubado de janeiro a junho, com 4.736 unidades roubadas. Foi também o carro que mais registrou queda nos roubos, 14,8% a menos do que no mesmo período de 2022.
- 4º Lugar – Chevrolet Corsa (modelo 2012 custa R$ 30.487)
Fora de linha há 11 anos, o Chevrolet Corsa, hatch que revolucionou o mercado automobilístico na sua época, continua sendo muito visado pelos criminosos. De janeiro a julho de 2023, foram registrados 4.399 unidades do modelo roubados no país. Comparado com o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 2,6%.
- 5º Lugar – Fiat Palio (modelo 2017 varia de R$ 35.319 até R$ 50.398)
Um dos carros que mais fez sucesso da Fiat, o Palio, fora de linha desde 2018, teve 4.392 unidades roubadas de janeiro a julho de 2023, uma queda de 6,6% em comparação a 2022.
- 6º Lugar – Ford Ka (A partir de R$ 48.990)
Um dos hatchs mais populares do Brasil também é um dos mais visados pelos criminosos. Nos sete meses de 2023. foram 3.413 carros roubados, uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
- 7º Lugar – Hyundai HB20 (A partir de R$ 82.290)
O hatch mais vendido da Hyundai também é um dos mais roubados do Brasil. De janeiro a julho de 2023, foram 3.084 unidades roubadas, alta de 0,6% comparado com mesmo período de 2022.
- 8º Lugar – Fiat Siena (R$ 65.450)
O sedã da Fiat, que já saiu de linha, continua entre os mais roubados do país. Mesmo registrando uma queda de 11%, de janeiro a julho deste ano foram 3.554 unidades subtraídas de seus donos.
- 9º Lugar – Fiat Strada (A partir de R$ 99.990)
A picape da Fiat foi o carro que mais registrou alta na quantidade de unidades roubadas. De janeiro a julho deste ano, foram 2.300 unidades ocorrências, uma alta de 11,8% comparado com o acumulado de janeiro a julho de 2022.
- 10º Lugar – Toyota Hilux (R$ 242.590)
A picape da Toyota é o décimo veículo mais roubado no Brasil. De janeiro a julho deste ano, foram registrados 2.191 roubos, uma alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
