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Trama golpista: Alexandre de Moraes marca interrogatório de Bolsonaro

Réus do núcleo 1 da trama golpista serão ouvidos a partir da próxima semana. Os trabalhos serão iniciados com o ex-ajudante Mauro Cid

Em | Da Redação

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Trama golpista: Alexandre de Moraes marca interrogatório de Bolsonaro
Foto: Alan Santos/PR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para a próxima segunda-feira (9) o início dos interrogatórios dos réus na ação penal que apura uma trama golpista com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Relator do processo, Moraes determinou que os interrogatórios serão presenciais e ocorrerão na sala de audiências da 1ª Turma do STF.

Apenas o ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro, será ouvido por videoconferência.

O primeiro a prestar depoimento será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada no âmbito do inquérito.

Em seguida, os demais réus do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe serão ouvidos em ordem alfabética.

São eles:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

O interrogatório começará às 14h e se estenderá até 20h. Se houver necessidade de mais tempo para ouvir os réus, as audiências continuarão até a sexta-feira (13).

Os réus têm o direito de permanecer em silêncio, porque a Constituição reserva o direito aos acusados de não produzir provas contra eles mesmos

Interrogatórios das testemunhas

O STF concluiu, nesta segunda-feira (2), os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa dos 8 réus no caso. Ao todo, 52 pessoas foram ouvidas.

 

Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que teria atuado para manter de forma ilegal o ex-presidente no poder, mesmo após derrota nas urnas em 2022.

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