Política

Ministros do STF avaliam que dificilmente Bolsonaro não será preso

Expectativa é de que em três meses a PF conclua a investigação sobre a participação de Bolsonaro em um plano golpista para impedir a posse de Lula

Em | Da Redação

Atualizado em

Ministros do STF avaliam que dificilmente Bolsonaro não será preso
Prisão faz parte da Operação Venire, que investiga associação criminosa acusada de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) alteraram sua visão em relação a uma possível prisão de Jair Bolsonaro (PL) e, agora, acreditam que ele dificilmente escapará de uma punição severa. Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, “se em janeiro a avaliação era a de que uma prisão poderia tumultuar o cenário nacional e aumentar seu capital político, hoje a leitura é de que as chances de o ex-presidente escapar de uma punição são pequenas”.

Quatro ministros ouvidos pela reportagem avaliam que os elementos já divulgados, como a falsificação de cartões de vacina, o escândalos das joias da Arábia Saudita e, principalmente, a suposta participação de Bolsonaro em um plano de golpe de estado, fazem com que seja “muito difícil” que ele receba uma pena que o livre da prisão.

Apesar das dúvidas levantadas pelo subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os ministros da Corte foram informados de que a Polícia Federal avançou nas provas relacionadas aos fatos narrados pelo militar. Santos afirmou recentemente que a delação do militar “é fraca” para imputar uma condenação ao ex-mandatário.

No STF, a expectativa é de que em três meses a PF conclua a investigação sobre a suposta participação de Bolsonaro em um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse é considerado o caso mais grave e que, segundo os ministros, poderia levar Bolsonaro à prisão. “Os ministros seguem com a opinião de que hoje não há elementos que justifiquem uma prisão preventiva do ex-presidente e defendem que ele precisa ter ‘todas as garantias do processo legal observadas’ nos processos pelos quais responde”, ressalta a reportagem.

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