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“Médicos têm piso salarial quatro vezes maior”, dispara autor da lei após suspensão do piso da enfermagem

Em | Da Redação

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“Médicos têm piso salarial quatro vezes maior”, dispara autor da lei após suspensão do piso da enfermagem

“Médicos têm piso salarial quatro vezes maior”, dispara autor da lei após suspensão do piso da enfermagem

Autor do projeto de lei (PL) 2.564/2020, que institui o piso salarial da enfermagem, o senador Fabiano Contarato lamentou, por meio de suas redes sociais, a suspensão da lei do piso da enfermagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador disse esperar uma reversão da medida, por meio de recursos, e lembrou que o piso dos médicos é quatro vezes maior, sem que o Judiciário nunca tenha vetado esta medida.

Em seu post sobre a suspensão do piso salarial da enfermagem, Contarato escreveu:

“Lamento a suspensão do piso da enfermagem. O STF, ao qual recorreu o setor patronal, não pode desprezar Lei e Emenda à Constituição aprovados por amplíssima maioria do Congresso. Estou empenhado para que o Tribunal, na via recursal, reverta essa decisão!”, observou, apoiado pelos internautas da categoria de enfermeiros que viram a postagem.

Na publicação, o senador também comparou a situação dos enfermeiros com a dos médicos:

“Os médicos têm piso salarial QUATRO vezes maior, e o Judiciário jamais vetou esta medida. Os enfermeiros conquistaram a duras penas esse direito por decisão do Poder Legislativo e do Poder Executivo, em ampla e democrática mobilização”, destaca.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu liminar neste domingo (4) para suspender os efeitos da nova lei do piso da enfermagem, fixado em R$ 4.750 para os enfermeiros, 70% deste valor para os técnicos e 50% para os auxiliares e parteiras.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei no mês passado, mas a medida gerou uma onda de reclamações de instituições de saúde, porque não foi indicado de onde viriam os recursos para garantir o pagamento, já que representa um aumento de R$ 17 bilhões por ano nas contas dos hospitais.

Também existe a expectativa de que o aumento do valor possa provocar demissões e cortes de leitos.

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