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Jovem de 20 anos tem dor de cabeça forte e só descobre AVC dias depois

Jovem de 20 anos tem dor de cabeça forte e só descobre AVC dias depois

Em | Da Redação com informações de Metrópoles

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Jovem de 20 anos tem dor de cabeça forte e só descobre AVC dias depois
Reprodução/Facebook/esmae.hodgetts.5

Apesar de o acidente vascular cerebral (AVC) se manifestar geralmente de forma intensa e rápida, em alguns casos, é possível que o quadro evolua ao longo das semanas de forma mais lenta. Foi o que aconteceu com a técnica de enfermagem Esmae Hodgetts, de 20 anos, que passou dias até descobrir que estava tendo um derrame.

A jovem inglesa sentiu uma dor de cabeça forte e não imaginou que ela poderia estar conectada a uma dor no pescoço que vinha sentindo desde a semana anterior. Eram todos sinais do AVC.

Com um bom histórico de saúde, Esmae não achava que sua dor de cabeça fosse um sinal de AVC. “Eu não tive dormência no rosto nem problemas nos membros. Não tinha mais de 40 anos, nem doenças que pudessem facilitar o AVC. Nenhum sinal era indicativo”, conta, em entrevista ao Daily Mail.

Ela só decidiu procurar o hospital após ter tido uma dor de cabeça tão intensa que causou uma vertigem forte e a impediu de andar. A jovem esperou até o dia seguinte para ir ao médico e só foi orientada a fazer um exame de imagem no segundo dia reclamando dos sintomas.

O resultado da ressonância magnética surpreendeu até os médicos: Esmae estava tendo um AVC por dissecção da artéria cervical.

O que é este tipo de AVC?

A dissecção da artéria cervical acontece quando há um corte na artéria do pescoço, levando a um vazamento de sangue no cérebro. O acúmulo de sangue neste local limita o fluxo sanguíneo e pode levar ao AVC isquêmico mais clássico.

Segundo artigo do neurologista vascular Irapuá Ferreira Ricarte publicado no site da Sociedade Brasileira do AVC, derrames deste tipo têm outros sinais mais frequentes.

Em geral, segundo Ricarte, eles causam dor de cabeça, no pescoço e na face antes dos sinais mais clássicos do AVC, como a dormência em algum membro, dificuldade de fala e a pouca coordenação motora.

A maioria destes pequenos cortes nas artérias ocorre após alguma batida violenta na região do pescoço. No caso de Esmae, porém, não foi possível identificar o evento que causou o vazamento.

A jovem não ficou com sequelas depois do tratamento, mas disse que agora cuida o dobro da própria saúde: deixou de tomar qualquer substância com álcool e passou a frequentar regularmente a academia. Além disso, ela deverá tomar medicamentos que afinam o sangue para evitar outros episódios.

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