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Idoso levado por mulher a banco estava morto havia duas horas, atestou Samu

Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi autuada em flagrante e responde por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.

Em | Da Redação

Atualizado em

Idoso levado por mulher a banco estava morto havia duas horas, atestou Samu
Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi autuada em flagrante e responde por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude

Um dos funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mobilizados para a agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio, para onde um idoso foi levado, nesta terça-feira, numa cadeira de rodas, afirmou à polícia que ele estava morto havia pelo menos duas horas. Segundo o depoimento, isso foi constatado porque o corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já apresentava livores — manchas escuras que correspondem às zonas de falta ou de acumulação de sangue —, que costumam aparecer após esse tempo.

De acordo com o depoimento, o Samu foi acionado por volta das 15h para ir até a agência bancária. Às 15h20, uma equipe do 14º BPM (Bangu) também foi chamada ao local para verificar uma uma denúncia de morte no banco. Ao chegar ao local, os PMs fizeram contato com o médico do Samu, que informou que o cadáver era de Paulo Roberto Braga. O médico disse aos policiais que não poderia fazer a declaração da morte porque havia sinais de intoxicação exógena — exposição a substâncias químicas — e, por isso, seria necessário levar o corpo para o Instituto Médico-Legal (IML).

— Ela falou que ele estava vivo e que ele que quis ir lá pegar o dinheiro do seguro. Esse seguro já tinha sido realizado, segundo ela, no dia 25 do mês passado e ele só queria pegar o dinheiro do seguro. Então, ele pediu a ela e ela o levou até lá para pegar o dinheiro. Só que no vídeo, é visivelmente, dá para ver claramente que ele já estava morto, porque ela levanta a cabeça dele várias vezes, pega na mão dele. Ele está visivelmente morto — afirma o delegado Fábio Luiz de Sousa, da 34ª DP (Bangu).

Também em depoimento, uma das funcionárias da agência bancária contou que, num primeiro momento, achou o idoso muito debilitado. Ao se aproximar do local onde ocorria o atendimento, orientou que a assinatura de Paulo Roberto deveria ser igual à da carteira de identidade. No momento em que o idoso deveria assinar, porém, a funcionária afirma que ele não respondia e estava com aspecto pálido e sem apresentar sinais vitais.

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