Na noite desta sexta-feira (1º), um homem de 54 anos, identificado como Wander Lucio de Moura, morreu em decorrência de um ataque violento de um cão da raça pitbull durante uma festa em uma residência em Congonhas, região central de Minas Gerais. A vítima havia sido convidada pelos proprietários do imóvel, onde prestava serviços como pedreiro, para participar de uma confraternização.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o ataque ocorreu quando Wander se deslocou para a parte dos fundos da casa, onde o pitbull costuma ficar preso por uma corrente em um espaço reservado. Segundo a tutora do animal, a festa acontecia em outra área do imóvel, separada do local onde o cachorro se encontrava. No entanto, o pitbull conseguiu quebrar a corrente e avançou sobre o pedreiro, causando graves ferimentos no rosto, pescoço, mãos e braços.
O namorado da tutora tentou intervir para conter o ataque, mas seus esforços foram em vão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar ao local, os socorristas apenas puderam constatar o óbito de Wander Lucio de Moura. O corpo foi então encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Conselheiro Lafayette.
A situação reacendeu o debate sobre a agressividade dos pitbulls. Aldair Pinto, professor de veterinária do Centro Universitário UniBH, reforça que o comportamento agressivo de cães não deve ser associado exclusivamente à raça. Segundo ele, a criação e o ambiente influenciam diretamente o comportamento de qualquer animal, que pode reagir para se defender ou mesmo sem motivo aparente.
A tragédia expõe novamente os riscos e a necessidade de cautela no manejo de animais potencialmente agressivos, especialmente em eventos sociais onde há movimentação e ruídos que podem desencadear reações imprevisíveis.