Diante de um cenário complicado com os altos preços dos combustíveis, o governo federal vem estudando, após um pedido do Congresso, uma espécie de vale voltado para caminhoneiros, taxistas e motoristas por aplicativos.
No Ministério da Economia, de acordo com a Folha, a ideia é vista como uma ação possível diante de outras soluções consideradas problemáticas, ainda que não seja defendida abertamente.
A pasta, há meses, resiste a um fundo com recursos públicos que bancaria mais subsídios para os combustíveis. A visão é que os subsídios criados até hoje para o setor não resolvem problemas estruturais, não geram o efeito de baixar os preços e só gerado mais custos aos cofres públicos.
Recentemente, o governo resgatou a ideia de o Tesouro Nacional pagar um auxílio mensal a caminhoneiros. A medida era defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.
O objetivo, conforme a Folha, seria um meio de o mandatário evitar a perda da popularidade entre os profissionais diante do aumento de preços. Mas, o valor sinalizado, de R$ 400, irritou representantes da categoria e o governo havia abandonado a ideia.
O vale para caminhoneiros é estudado pelo menos desde fevereiro diante dos sucessivos receios do governo sobre uma mobilização dos profissionais e a possível deflagração de uma greve aos moldes daquela vivenciada pelo país durante o governo Temer.
A questão, por outro lado, especialmente neste ano, é o teto de gastos. O limite constitucional, que impede as despesas federais de crescerem além da inflação, já demanda cortes em diferentes áreas.