
O governador catarinense Jorginho Mello (PL) fez uma “brincadeira” em referência ao movimento separatista “O Sul é o Meu País”, que propõe a separação dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do restante do Brasil.
“Temos dois candidatos à Presidência da República aqui. Daqui a pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá para cima, nós passamos uma trena para o lado de cá e fazemos ‘o Sul é nosso país’, né?“, disse rindo o governador, provocando risos da plateia. A fala ocorreu durante um evento de construção civil em Curitiba, no Paraná, na última quinta-feira, 12.
Aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mello se referia aos governadores gaúcho, Eduardo Leite (PSD), e paranaense, Ratinho Júnior (PSD), ao falar sobre os “presidenciáveis”. Os dois, que o acompanhavam no painel do evento, também foram elogiados pelo governador catarinense, que afirmou haver grande parceria entre os três Estados.
Em outro momento, Mello também brinca com o governador do Paraná falando sobre “passar a régua”, comentando sobre o erro de medição que levou o governo paranaense a perceber que uma área equivalente a 500 campos de futebol pertence, na verdade, a Santa Catarina, mudando o mapa dos Estados em 2024. “As divisas estavam meio erradas, aí passamos a régua, ele foi generoso e deixou nós pegarmos. Mas não tinha muita coisa boa em cima, não”, falou rindo.
A fala, no entanto, dividiu opiniões após o vídeo circular nas redes sociais. Enquanto alguns internautas interpretaram o comentário como uma piada inofensiva, outros classificaram como um discurso xenofóbico. “Piadinha de gente do Sul que se acha superior ao Norte e Nordeste”, escreveu o jornalista Guga Noblat.
Apesar de inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro ainda se coloca como candidato possível ao próximo pleito. Ratinho e Leite são apostas de possíveis sucessores, mas, atualmente, não são os preferidos.