O advogado Charlesman da Costa Silvano, de 37 anos, morto com sete tiros na manhã deste sábado (12), em Alexânia (GO), foi assassinado por um cliente, pois o mesmo descobriu que a sua própria esposa havia o traído com o profissional. O autor dos disparos, Gilberto Gomes de Oliveira, estava preso em 2019, e durante este período, aconteceu o relacionamento da mulher com o advogado.
De acordo com a polícia, na época em que Gilberto Gomes estava preso, em 2019, por uma série de processos na Justiça, incluindo um suposto envolvimento do cliente com o tráfico de drogas, a sua esposa era quem resolvia os assuntos concernentes à liberdade dele.
Sendo assim, ela mantinha contato com o advogado Charlesman da Costa, pois precisavam tratar desses assuntos. Mas, segundo a esposa de Gilberto, o homem sempre sentiu ciúmes do advogado com ela. Na noite de sexta-feira (11), durante uma discussão de casal, a mulher revelou ao companheiro que teve um caso amoroso com Charlesman.
Conforme ela relatou à polícia, Gilberto matou o advogado por vingança, pois já estava ciente de que sua esposa o traiu com o advogado enquanto ele estava preso. Ela ainda disse que, após a revelação, o homem ficou “transtornado” e “passou a noite cheirando cocaína”.
Durante a manhã deste sábado (12), Gilberto marcou de se encontrar com Charlesman no Setor Clube Nova Flórida. Quando chegou ao local, surpreendeu o advogado com uma série de disparos de arma de fogo e fugiu. Horas depois do crime, o suspeito foi preso.
Conforme o boletim de ocorrência, o registro da troca de mensagens entre o cliente e Charlesman, encontrada no celular do advogado, foi uma das principais evidências da autoria do crime. Além disso, houve também o relato de uma testemunha, que informou ter visto um homem de jaqueta preta e moto vermelha efetuando os disparos.
LUTO
A prefeitura de Alexânia decretou luto oficial de três dias e informou que a 2º Corrida dos Pais, que aconteceria neste domingo (13), em comemoração ao Dia dos Pais, foi cancelada em razão da morte do advogado. A Ordem dos advogados do Brasil (OAB) se manifestou por nota:
“É inaceitável que, um dia após o 11 de agosto, data em que se comemora a essencialidade da advocacia para o sistema social e de Justiça, mais um colega tenha sido vítima de um crime bárbaro e carregado de extrema violência”, afirmou em trecho.
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