Americanas protocolou na Justiça de São Paulo uma petição de 34 páginas em resposta a acusações do ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez e do Bradesco, realizadas em recursos anteriores.
Nas petições antecedentes, o banco e o executivo protocolaram denúncias de perseguição e de ciência a respeito da crise por parte de acionistas.
De acordo com o jornal O Globo, no documento de contra-ataque, “a varejista sugere que o banco e o executivo fizeram um conluio para atacá-los e apresenta cópias de e-mails obtidos pela investigação interna sobre a fraude que até agora não tinham vindo à tona”.
Ainda segundo a reportagem, o ex-CEO “ironiza os questionamentos da auditoria interna da companhia sobre os dados do 3º trimestre e discute com executivos como responder as perguntas sobre o mesmo assunto do CEO que se preparava para substituí-lo, Sergio Rial”.
Comprovantes, como dois prints de tela de Ipad “que a empresa afirma ser o aparelho corporativo de Gutierrez, com dados financeiros do grupo Americanas, e anotações feitas à mão, foram juntados às petições protocoladas”, segundo levantamento do jornal.
Americanas afirma que Gutierrez tinha ciência de tudo que ocorria no grupo, possuindo ‘poder de decisão nas discussões sobre o balanço’.
O ex-CEO não veio ao Brasil para depor à CPI, justificando motivos de saúde, ratificando, por meio de uma carta encaminhada ao colegiado, que não sabia das fraudes.
Gutierrez ainda reiterou que “exercia a função de CEO dos CEOs” e que está servindo como bode expiatório sacrificado para proteger pessoas poderosas.
Já o Bradesco, de acordo com o Globo, preferiu não se pronunciar a respeito das acusações da varejista.