Os incêndios recordes que assolam o interior de São Paulo desde o final da semana passada criaram um cenário de caos em diversas cidades, com casas sendo evacuadas, rodovias bloqueadas e moradores enfrentando condições respiratórias extremas devido à intensa poluição do ar. As chamas, que se espalham rapidamente, afetaram o funcionamento de aeroportos e provocaram picos no fornecimento de energia elétrica e água, desafiando a capacidade de resposta das autoridades locais e estaduais.
Com mais de 2,3 mil incidentes registrados em apenas dois dias, São Paulo lidera o número de ocorrências no país, colocando 45 cidades em alerta máximo e em situação de emergência por 180 dias. A região de Ribeirão Preto, epicentro da crise, concentra os maiores esforços de combate, inclusive com apoio das Forças Armadas. Entretanto, a situação só piora, com novos focos de incêndio surgindo em áreas de vegetação e plantações, frustrando as expectativas de melhora.
consequências devastadoras
As consequências são devastadoras. Em Ribeirão Preto, 14 focos de incêndio permaneciam ativos durante a noite, com o fogo chegando próximo a residências, gerando pânico entre os moradores. Em diversas rodovias da região, as interdições voltaram a ocorrer, forçando motoristas a interromper suas viagens. A professora Aline Fillipine, por exemplo, viu seu trajeto diário ser transformado em um pesadelo, incapaz de retornar para casa devido aos bloqueios provocados pelo fogo.
O interior de São Paulo está em chamas, Ribeirão Preto e região pede ajuda. Estamos sufocados de tanta fumaça, que Deus mande chuva logo 🙏🏻
🆘 Cajuru, Santa Cruz da Esperança, Serra Azul, Mococa, Santa Rosa do Viterbo, Altinópolis, Batatais… pic.twitter.com/sEZ30MvgpW— Samara 🇧🇷 (@Samarafe88) August 25, 2024