O acidente aéreo ocorreu na sexta-feira (9), e as investigações já foram iniciadas. Sessenta e duas pessoas perderam suas vidas.
Já imaginou o que se passou na cabeça das 62 vítimas no momento da queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP)? É possível que elas não tenham sofrido nem sentido dor e que tenham ficado inconscientes, conforme explicou Antônio Nunes, perito geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, no podcast Ielcast. O acidente aéreo ocorreu na sexta-feira (9), e as investigações já foram iniciadas.
O QUE DIZ A CIÊNCIA?
No podcast, o médico explicou o que pode ter acontecido com as vítimas durante o voo e os primeiros passos do trabalho de perícia. Segundo ele, a “chance de ter alguém acordado ao final da queda, é quase impossível”.
Nesta segunda-feira (12), o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo concluiu a necropsia dos corpos das vítimas e revelou que a maioria faleceu devido a politraumatismo – qualquer tipo de situação onde exista lesão grave de, pelo menos, dois órgãos ou duas partes distintas do corpo causadas por forças externas.
“Quando desce de uma vez, você já vai perdendo (a consciência) ali. Você desmaia. A chance de ter alguém acordado ao final daquela queda, inclusive o próprio piloto, é quase impossível […] ao chegar lá embaixo, com aquele trauma todo, aí vem a questão da morte em si […] se alguma parte do avião pega em você, há um ‘sacolejamento’, do corpo, que quando bate de uma vez, ele faz isso. Lá dentro (do corpo), os órgãos são fixados por ligamentos. Esse balançado arranca isso aí […] é uma hemorragia muito grande, geralmente você morre já com o choque hemorrágico, além disso, o pulmão incha, enche de sangue, você já não tem a respiração normal, mesmo se o oxigênio chegasse ali, você já não tem como fazer a própria gasosa. A morte é praticamente instantânea“, explica o médico.
E SE AS VÍTIMAS TIVESSEM ACORDADAS?
Sobre a possibilidade de as vítimas estarem acordadas e assistirem a toda a tragédia, Antônio Nunes esclareceu que o “trauma é muito grande” e que, devido ao “balançar do cérebro”, os passageiros provavelmente perderam a consciência rapidamente. Na entrevista, ele também mencionou casos de sobrevivência.
“Geralmente, nesses outros, você vem descendo, aí bate numa árvore, alguns vão morrer. É o princípio da inércia da física que todo mundo estudou. O corpo para, mas os órgãos internos continuam se movendo, eles são móveis. Isso acontece tanto nesse caso que desceu assim, em parafuso chato (Caso da Voepass), como também quando desce normalmente batendo em árvores ou alguma coisa. Às vezes você não morre direto na hora, mas morre depois pelas consequências”, esclarece.
“É a questão do sistema límbico, a parte emocional é muito forte, não só nessa situação, mas em diversas outras ela pode causar certas situações como essas”, finaliza.
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