Um jovem de 25 anos morreu enquanto aguardava ser atendido no Hospital Geral de Taipas, na zona norte de São Paulo, nessa quinta-feira (5/1). A família de Vitor Augusto Marcos de Oliveira, que era obeso, alega que houve negligência no atendimento. Ao Metrópoles, uma voluntária que está auxiliando a família no caso relatou que Vitor passou por dois hospitais antes de ir para a unidade de Taipas, que é estadual.
Em nenhuma das unidades ele conseguiu atendimento, por falta de macas e equipamentos para atender obesos. O paciente, que pesava 190 quilos, passou pela UPA de Perus e depois para o Hospital Cachoeirinha. A voluntária Gabriela Silva relata que Vitor, que é de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, começou a passar mal na quarta-feira (4/1), quando foi levado à UPA de Perus. Por não haver a estrutura necessária para o atendimento dele, o paciente foi encaminhado ao Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha.
De acordo com o relato da voluntária, ele ficou por cerca de três horas neste hospital até conseguir ser transferido para o Hospital de Taipas. A mãe e a esposa da vítima chegaram a fazer uma live no Facebook pedindo ajuda, enquanto Vitor aguardava dentro de uma ambulância a transferência para o outro hospital.
“Ele ficou três horas na frente do (Hospital) Cachoeirinha. Pela pressão que fizemos nas redes sociais, ele foi mandado para o Tapias. O menino morreu lá no assoalho da ambulência. Colocaram ele para dentro e depois de duas horas avisaram que ele havia morrido”, relata.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que lamenta o ocorrido e que vai investigar o atendimento realizado ao paciente.
A pasta informou que a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) possui “um sistema online que funciona 24 horas por dia e busca vaga disponível em serviços de saúde do SUS, preferencialmente na região de origem do paciente, com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes”.
Segundo a secretaria, nenhuma negativa parte da Cross, que é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. A pasta diz ainda que a definição de prioridade dos casos é feita pelos municípios de origem dos pacientes, que também são responsáveis por inserir as demandas no sistema.
*As informações são do TNH1.
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