Em maio, as vendas no varejo cresceram 1,2% na comparação com o mês anterior. Os resultados do setor foram positivos em todos os meses deste ano e, com isso, o ponto mais alto da série histórica, que havia sido registrado em abril, foi deslocado para maio. No ano, a alta acumulada atingiu 5,6% e, em 12 meses, 3,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11/7) pelo Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Em 2024, o varejo registrou cinco pontos positivos. Esse desempenho dos últimos meses está muito focado em hiper e supermercados e artigos farmacêuticos, que também atingiram seus níveis máximos em maio”, diz Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. “Com isso, o acumulado do ano está em 5,6%, enquanto, por exemplo, quando observamos todo o ano de 2023, o acumulado foi de 1,7%.”
Cinco das oito atividades pesquisadas ficaram no campo positivo em maio. Entre elas, as principais influências sobre o resultado geral foram exercidas por hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).
“O resultado positivo foi bem disseminado, com apenas três atividades com queda. As de maior peso, como hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram”, afirma Santos. “Além disso, houve questões conjunturais, como o aumento das vendas do setor de vestuário mais focadas em calçados.”
Concessão de crédito
O pesquisador cita ainda outros fatores que influenciaram os resultados do varejo. “Em maio, houve, por exemplo, o aumento da concessão de crédito para pessoa física e o crescimento da massa de rendimento e do número de pessoas ocupadas”, diz. “São fatores que levam a esse resultado global maior do que o registrado em 2023.”