Começa nesta segunda-feira, 27, a vacinação contra a covid-19 com o imunizante bivalente da Pfizer. Essa vacina protege também contra as subvariantes da cepa Ômicron do vírus. Na capital paulista, a Secretaria de Saúde recebeu, na quinta-feira, 23, um total de 542.652 doses do imunizante para essa nova fase da campanha de imunização. A Ômicron é considerada uma variante mais contagiosa do coronavírus.
A seguir, tire suas dúvidas sobre o imunizante e a vacinação:
O que é a vacina bivalente?
A vacina bivalente é capaz de imunizar contra mais de uma versão de um vírus de uma só vez. Para isso, é usada a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. No caso da Pfizer, está sendo usado o código da cepa original do coronavírus e o da variante Ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo.
Diferentemente das imunizações tradicionais, que usavam uma versão morta do vírus para que o corpo pudesse produzir anticorpos, as vacinas de mRNA são uma inovação na forma de fabricar imunizantes.
O mRNA tem a função de carregar as informações necessárias para a síntese proteica. Esses dados são captados pelos ribossomos (organelas que, entre outras funções, sintetiza, proteínas dentro das células). A partir disso, o corpo é capaz de produzir uma proteína específica, a proteína S, usada pelo vírus para invadir as células saudáveis.
Assim, os anticorpos e linfócitos T, que fazem parte do sistema imunológico, podem aprender essa informação para combater a proteína de um vírus real. Portanto, é possível imunizar uma pessoa sem que o corpo tenha contato com o vírus, usando apenas um código genético.
Quem pode tomar a vacina a partir desta segunda-feira, 27?
Idosos acima de 70 anos, pessoas acima de 12 anos com imunossupressão, indígenas, residentes em Instituições de longa permanência e funcionários dessas instituições.
Quem são os imunocomprometidos?
Pessoas transplantas de órgão sólido ou medula óssea; pessoas vivendo com HIV; pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas; pessoas que usam imunossupressores ou imunobiológicos; pessoas com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos que fizeram quimioterapia ou radioterapia nos últimos seis meses; pessoas com neoplasias hematológicas etc.
Quais grupos serão imunizados na sequência?
Após a conclusão da imunização do primeiro grupo prioritário, devem ser vacinados os idosos de 60 a 69 anos. O terceiro grupo serão as gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de ter filho) e, em seguida, receberão a vacina bivalente os profissionais da saúde.
Idosos com menos de 70 anos podem receber a dose de reforço bivalente a partir desta segunda?
Caso existam doses remanescentes da vacina bivalente perto do horário final das atividades diárias nas unidades de saúde, idosos acima de 60 anos poderão tomar o imunizante, desde que sejam moradores da região da UBS. Para fazer a inscrição prévia, é necessário apresentar comprovante de endereço.
E os grupos que estão fora das listas de prioridade?
Ainda não há previsão de aplicação.
Onde ser vacinado na cidade de São Paulo?
A vacinação contra a covid-19 ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, nas AMAs/UBSs integradas, também das 7h às 19h.
Qual deve ser o intervalo em relação à última dose tomada?
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O intervalo de quatro meses da dose mais recente deve ser respeitado para receber a dose bivalente.
Se não tomei todas as doses do ciclo vacinal, posso tomar a bivalente?
Se o indivíduo recebeu nenhuma dose ou só uma dose da vacina monovalente, a recomendação é completar o esquema de duas doses de monovalente para, posteriormente, receber a dose de bivalente, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerentologia. Aqueles que receberam duas ou três doses da monovalente estão aptos a receber a injeção de bivalente, desde que respeitado o intervalo mínimo de 4 meses entre as aplicações.
Por que é importante tomar a vacina bivalente?
A variante Ômicron do coronavírus é considerada mais contagiosa e já provocou ondas de infecções em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Além disso, estudos já mostraram a importância do