Pernambuco

‘Torcidas que promoveram atos de violência têm tolerância de clubes e da Federação Pernambucana’,diz promotor do MPPE

Torcidas que promoveram atos de violência têm tolerância de clubes e da Federação Pernambucana

Em | Da Redação

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‘Torcidas que promoveram atos de violência têm tolerância de clubes e da Federação Pernambucana’,diz promotor do MPPE
Coordenador do Núcleo do Torcedor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Antônio Arroxelas,

Após as brigas entre organizadas do Sport e do Santa Cruz registradas no sábado (1º), o coordenador do Núcleo do Torcedor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Antônio Arroxelas, disse que a decisão do governo do estado de proibir torcidas nos próximos jogos dos dois times busca combater a “aproximação” entre os clubes e os grupos de torcedores que praticam violência.As informações são do g1.

Segundo ele, há tolerância às torcidas organizadas por parte dos clubes e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). A proibição de público nos estádios, segundo o promotor, atende a uma recomendação do próprio Ministério Público, e foi criticada pela diretoria do Sport, que anunciou que vai recorrer da determinação à Justiça.

Ao todo, 13 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada por envolvimento nos conflitos, segundo a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Beatriz Leite. Além disso, ao menos 13 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife. Somente uma delas segue internada.

Coordenador do Núcleo do Torcedor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Antônio Arroxelas,

“Muitos perguntam e dizem, com razão, que a violência ocorre fora dos estádios, distante dos estádios. Porém, essas mesmas torcidas que estão nas ruas, que se aglomeram da forma assustadora como ocorreu no sábado, são também torcidas que frequentam os ambientes dos clubes. […] Então, há, sim, uma aproximação, há, sim, uma tolerância que, de forma inversa, o Ministério Público chegou ao ponto de não mais tolerar, e não será mais possível tolerar, por parte do Ministério Público, essa aproximação das torcidas perigosas com as atividades sadias, lúdicas, dos clubes”, declarou o promotor.

Segundo o promotor, a medida anunciada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), fundamentada na recomendação do MPPE, busca pressionar os clubes e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) a elaborar um “plano eficiente” para coibir a violência praticada por integrantes das organizadas.

“A portaria da governadora, ela, sim, tem poder de polícia, e a portaria tem, sim, a força de determinar. E está em vigor, está valendo. Nossa recomendação foi num sentido muito parecido […], de não público até a apresentação por parte da federação e dos clubes de um plano eficiente no sentido de não participação de torcidas organizadas, não das torcidas de cultura de paz, mas dessas três torcidas envolvidas em crimes”, afirmou Arroxelas.

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