Mais de mil pessoas morreram e centenas ficaram feridas em um terremoto que afetou na madrugada desta quarta-feira (22) uma área isolada da região leste do Afeganistão. O abalo aconteceu a 10 km de profundidade, às 1h30, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS). Um segundo tremor de 4,5 graus aconteceu na mesma área.
“As pessoas cavam e cavam sepulturas”, disse o secretário de Informação e Cultura da província de Paktika, Mohammad Amin Huzaifa. Na província, a mais afetada ao lado de Khost, o balanço alcançou “mil mortos e os números estão aumentando”, declarou. E pelo menos 600 pessoas ficaram feridas.
O ministro de Gestão de Desastres Naturais, Mohamad Abas Akhund, explicou que “grande parte da região é montanhosa e os deslocamentos são difíceis. Vamos precisar de tempo para retirar os falecidos e os feridos”.
Ajuda internacional
Os serviços de emergência do país, limitados há muitos anos em número de funcionários e capacidade, não estão preparados para enfrentar catástrofes naturais de grandes proporções. “O governo faz o máximo dentro de suas capacidades”, tuitou Anas Haqqani, dirigente talibã.
“Esperamos que a comunidade internacional e as organizações humanitárias ajudem as pessoas nesta situação terrível”, acrescentou
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou a mobilização imediata para ajudar nas tarefas de resgate e ajuda.
“As equipes de avaliação das agências já estão mobilizadas em várias áreas afetadas”, informou o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas no Twitter.
O enviado especial da União Europeia (UE) para o Afeganistão, Tomas Niklasson, afirmou que o bloco “está disposto a coordenar e fornecer ajuda de emergência”.
O papa Francisco expressou solidariedade com as vítimas do terremoto e disse esperar que “com a ajuda de todos o sofrimento do querido povo afegão possa ser aliviado”.
*As informações são do Diário do Nordeste.