
O teste citopatológico para a detecção do HPV, popularmente conhecido como papanicolau, será substituído pelo Sistema único de Saúde (SUS) pelo exame molecular de DNA-HPV. A ação será realizada de forma gradual, com um tempo de intervalo entre as coletas de cinco anos, caso tenha o diagnóstico do vírus.
De acordo com o portal Agência Brasil, essa substituição faz parte das diretrizes do diagnóstico do câncer do colo do útero, apresentadas nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde e pela Comissão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (Conitec).
O teste molecular é considerado mais eficaz para a redução de casos de óbito, e possui uma maior sensibilidade, permitindo indentificação do subtipo do vírus.
O novo exame será implementado com a premissa de buscar as pessoas em vez de esperar que elas procurem as unidades de saúde, para que ocorra essa identificação e o tratamento conforme a confirmação do diagnóstico.
“A pessoa faz um teste de DNA-HPV, e, se não foi detectado, ela só vai repetir o exame após 5 anos. Se foi detectado um tipo oncogênico, como o 16 e o 18, que são responsáveis por 70% das lesões precursoras de câncer, ela vai ser encaminhada diretamente à colposcopia. Se a colposcopia identificar uma doença cervical, vai seguir para condutas específicas”, explicou Itamar Bento, pesquisador da Divisão de Detecção Precoce do Inca, ao Agência Brasil.