Brasil

Supostas ameaças de ataques alteram rotina nas escolas no país

Quatro foram mortos por homem de 25 anos na Cantinho Bom Pastor; Justiça decretou prisão preventiva.

Em | Da Redação

Atualizado em

Supostas ameaças de ataques alteram rotina nas escolas no país
Quinta criança ferida foi levada por pais ao hospital e teve alta. Quatro crianças de 4 a 7 anos foram assassinadas. Criminoso foi preso.

Uma mesma foto, de armas e facas dispostas em cima de uma cama, tem circulado entre grupos de pais, alunos e professores com a ameaça de ataque a escolas de diferentes cidades do país. Apesar dos indícios de que se trata de alarme falso, essas mensagens têm preocupado e alterado a rotina escolar.

Professores relatam encontrar alunos chorando, pais que vão buscar os filhos na escola antes do horário e unidades de ensino que suspenderam atividades no pátio por medo de serem alvo de ataques. Especialistas e órgãos de segurança, no entanto, dizem que o monitoramento dessas mensagens indica que a maioria delas têm como objetivo criar pânico.

Quinta criança ferida foi levada por pais ao hospital e teve alta. Quatro crianças de 4 a 7 anos foram assassinadas. Criminoso foi preso.

“Desde domingo (9) nosso monitoramento identificou uma explosão na circulação de mensagens com ameaças às escolas. Usam a mesma foto, só mudam o nome da escola, bairro ou cidade para ameaçar. Isso está gerando uma paralisação nas escolas”, conta Luka Franca, uma das autoras do relatório que foi entregue ao governo Lula de ações para prevenir atentados no ambiente escolar.

Ela explica que esse tipo de ameaça difere do comportamento observado nas situações reais de ataques —como a morte de quatro crianças em uma creche de Blumenau (SC), na semana passada. “Os últimos casos que tivemos mostram que os autores se aproveitaram do elemento surpresa para vitimar mais pessoas. É esse objetivo deles: deixar mais vítimas. Já quem espalha essas mensagens quer criar pânico.”

Ainda que os elementos indiquem que os avisos que circulam seja falsos, especialistas e autoridades orientam que toda ameaça seja denunciada à Polícia Civil e nos canais criados pelo Ministério da Justiça para que seja investigada. Quem produz e até mesmo quem compartilha essas mensagens podem responder por contravenção.

Deixe sua opinião