
Cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Esse foi o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em favor da condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Caso confirmada, a pena seria cumprida em regime semiaberto.
O julgamento ocorre no plenário do STF porque a ação começou a tramitar antes da mudança no regimento da Corte, que levou os processos penais mais recentes para as turmas, como a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gilmar ainda defendeu que Zambelli perca o mandato de deputada. Isso só ocorreria, contudo, após o fim do processo, quando não houvezambellir mais recursos. O julgamento está sendo realizado no plenário virtual, com previsão de durar até o dia 28 de março. Ele já foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia.
Zambelli é ré no STF pelo episódio em que apontou uma arma para um homem em uma rua de São Paulo, em outubro, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2023.
O contexto fático em que a Deputada Federal persegue em via pública, com arma de fogo, indivíduo desarmado de corrente partidária adversa, na véspera das eleições, após troca de insultos recíprocos, reveste-se de elevado grau de reprovabilidade”, escreveu o ministro.
Na semana passada, quando o julgamento foi marcado, Zambelli afirmou em nota que confia “plenamente na Justiça” e disse que sua inocência “ficará evidente”. De acordo com a deputada, seu porte estava autorizado e houve um “disparo anterior”