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Seis em cada dez brasileiros reduziram o consumo de carne em 2022

Em | Da Redação

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Seis em cada dez brasileiros reduziram o consumo de carne em 2022
Preço da carne bovina cai 2,7% em 2023 e deve despencar ainda mais, dizem especialistas

Por Reuters

consumo de carne bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros em 2022, em comparação ao ano anterior. Esse índice reflete tanto o impacto dos preços mais altos dos produtos como a busca por hábitos saudáveis — o que passa pela maior adoção das proteínas de origem vegetal —, conforme uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (12).

O levantamento realizado pelo GFI (The Good Food Institute Brasil) mostrou também que, do total de consumidores que diminuíram a quantidade de carne na alimentação, 47% pretendem reduzi-la ainda mais em 2023.

O número de 67% identificado na pesquisa representa uma alta de 17 pontos percentuais comparada à apuração anterior do GFI Brasil sobre o tema, realizada em 2020.

“A percepção de que os brasileiros estão mais preocupados com a saúde e buscam incorporar opções mais saudáveis no seu dia a dia; a predominância de uma alimentação focada na redução, e não na eliminação completa dos produtos de origem animal; e a utilização, cada vez mais frequente, de proteínas alternativas vegetais em substituição aos produtos de origem animal” foram alguns dos resultados, apontou a pesquisa.

O aumento do preço da carne foi o que impulsionou 45% dos brasileiros que reduziram seu consumo a fazê-lo. Para outros 36%, essa redução foi motivada por questões relacionadas à saúde, como melhorar a digestão, reduzir o colesterol ou perder peso.

Mais da metade (52%) dos brasileiros entrevistados reduziu o consumo de carne nos últimos 12 meses por escolha própria, segundo a análise. Nesse caso, as razões têm relação com a preocupação com os animais e o meio ambiente, a influência de familiares e motivos religiosos e espirituais.

Além disso, praticamente dois em cada três consumidores (65%) ingerem alguma alternativa vegetal (legumes, grãos, frutas) em substituição aos produtos de origem animal pelo menos uma vez por semana — enquanto, em 2020, esse percentual era de 59%.

 

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