Uma suposta irregularidade na contratação de shows no Distrito Federal foi exposta por uma reportagem do Metrópoles, publicada neste sábado (9). De acordo com o texto, o presidente do Instituto Candango de Polícia Social e Economia Criativa (ICEPec), Luciano Pontes Garcia, contratou a si próprio para se apresentar, recebendo dinheiro público por isso.
Luciano é responsável, juntamente com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Sesec-DF) de organizar diversos eventos culturais na capital federal.
Em dezembro de 2021, durante a pandemia de Covid-19, a reportagem aponta que o ICEPEc recebeu R$ 567 mil para realização do projeto “Brasília Viva Live Show”, programação para incentivar os atritstas populares a se apresentarem em lives do YouTube.
No entanto, o próprio presidente do Instituto foi um dos escolhidos. Usando o nome Luciano Ibiapina, ele cantou em 5 de dezembro de 2021, das 19h10 às 20h10, recebendo um cachê de R$ 15 mil.
Já assumindo o papel de presidente, Luciano também foi Coordenador Administrativo e Financeiro do projeto. De acordo com o texto, ele recebeu R$ 6.918,80 para ser o “profissional que coordena as rotinas administrativas, o planejamento estratégico e a gestão dos recursos organizacionais, sejam estes: materiais, patrimoniais, financeiros, tecnológicos ou humanos”.
Outra denúncia de irregularidade aponta que o Instituto Candango de Polícia Social e Economia Criativa recebeu R$ 2.990.000 da Secretaria de Cultura para administrar os desfiles das escolas de samba do Carnaval 2023. No entanto, a organização de sociedade civil responsável por gerir os quase R$ 3 milhões tinha, até 11 de maio deste ano, o mesmo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Grêmio Recreativo Carnavalesco de Vicente Pires (Gruvipi), que acabou vencendo o desfile.