Pernambuco

Saiba quem é “Carioca”, líder do grupo “Trem Bala” que atua em Pernambuco e foi preso em Sergipe

Acusado foi preso, na semana passada, numa operação conjunta entre as polícias de Sergipe e Pernambuco

Em | Da Redação

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Saiba quem é “Carioca”, líder do grupo “Trem Bala” que atua em Pernambuco e foi preso em Sergipe
Policiais civis de Pernambuco e Sergipe participaram da operação – FOTO:DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL

A prisão do líder do grupo criminoso mais perigoso e violento que atua em Pernambuco, na semana passada, é apenas mais um passo da Polícia Civil na tentativa de interromper o avanço do tráfico de drogas – e consequentemente os homicídios – no Estado.

Pedro Paulo de Jesus Teixeira, conhecido como Carioca, estava sendo procurado há mais de um ano. Segundo as investigações, ele assumiu o posto número 1 da facção Trem Bala após a prisão do antigo líder, durante uma operação realizada no ano passado. Considerado ainda mais violento, Carioca assumiu o controle do grupo, tomou bocas de fumo e a violência no Litoral Sul de Pernambuco não diminuiu.

A organização criminosa Trem Bala é, hoje, a maior preocupação da polícia pernambucana. Os integrantes são considerados muito articulados – com facilidade de cooptar adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade para o tráfico de drogas – e muito violentos.

Policiais civis de Pernambuco e Sergipe participaram da operação – FOTO:DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL

O grupo, segundo a polícia, é responsável pela maioria das mortes registradas nas cidades onde atuam, como o Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, ambos no Grande Recife. Pessoas consideradas rivais da facção são assassinadas com requintes de crueldade. Muitas vezes sequer os corpos são encontrados.

Além disso, com o tráfico de drogas e de armas, a Trem Bala consegue movimentar milhões de reais todo mês. Somente em uma operação de repressão qualificada, a polícia apreendeu R$ 2 milhões com os capturados.

A Trem Bala, inclusive, é apontada como uma das facções que compraram armas de fogo subtraídas da sede da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no Recife. O esquema, que envolveu policiais civis, foi descoberto em 2021.

No total, 1.131 armas (entre metralhadoras, pistolas e revólveres) e milhares de munições foram desviadas e vendidas por valores médios entre R$ 6,3 mil a 6,5 mil. Já as submetralhadoras custavam R$ 22 mil no comércio ilegal.

Policiais civis de Pernambuco e Sergipe participaram da operação – FOTO:DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL

Carioca foi preso na manhã da última sexta-feira (16). O acusado estava residindo na chamada Zona de Expansão de Aracaju, uma espécie de região metropolitana recém construída, onde estaria investindo em imóveis. No momento da prisão, ele tentou fugir pelos fundos da casa, onde já havia uma escada posicionada no muro.

Houve perseguição, mas Carioca foi capturado por equipes policiais que se encontravam na rua de trás do imóvel. O foragido apresentou identificação falsa e foram encontrados documentos falsos, tais como carteira nacional de habilitação, certidão de nascimento e carteira de trabalho digital.As informações são do JC Online

A operação policial, batizada de “Operação Fluminense”, em virtude do apelido do investigado, contou com a participação de policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial, da Core, da Delegacia de Porto de Galinhas e do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco.

Além do mandado de prisão, foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão domiciliar, quando foram encontrados R$ 133.260 em espécie, 17 aparelhos celulares, cinco smartwatchs, um veículo Onix e documentos que a polícia está definindo como ‘pertinentes’, mas sem descrevê-los.

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