O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que manterá seu plano de concorrer à presidência da República em 2026 após ser declarado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11), o político pontuou que lançará a candidatura após o carnaval.
“Em março eu lançarei minha candidatura à Presidência da República e depois do carnaval estarei me colocando pelo União Brasil. Tenho viajado o Brasil debatendo vários temas”, cravou Caiado.
A decisão que tornou Ronaldo Caiado inelegível foi proferida pela 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), que apontou abuso de poder econômico do governador durante as eleições municipais. No parecer, a juíza Maria Umbelina Zorzetti alega que Caiado usou o Palácio das Esmeraldas, sede do governo e residência oficial, para sediar jantares, entre 7 e 9 de outubro, de apoio ao então candidato à prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União).
Em sua defesa, Ronaldo Caiado diz que promoveu reuniões com vereadores para tratar debater sobre problemas na saúde. O governador relembrou um episódio semelhante durante o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, 2014
“Por isso, eu reuni vereadores eleitos e suplentes para tratar de um assunto extremamente delicado porque a discussão já existia diante do colapso da máquina. Não foi uma reunião com intuito eleitoral, mas de tratar uma preocupação que tenho com a situação de Goiânia”, pontua.
“Não cabe a mim ficar discutindo decisão judicial. Isso será feito no ambiente correto, mas muitos amigos me mandaram um caso da presidente Dilma Rousseff, que se reuniu no Palácio do Alvorada (…) Em 2022, apoiei Bolsonaro no segundo turno e fui ao Palácio do Alvorada com mais oitenta prefeitos. Em 2024, Lula pediu votos para Boulos dentro do Palácio do Alvorada. Não podemos ter dois pesos e duas medidas, eu moro aqui. Não podemos ter dois tratamentos”, acrescenta.