A governadora Raquel Lyra (PSDB) acumulou duas derrotas, nesta quarta-feira (14), nas comissões de Finanças e Educação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). As duas comissões rejeitaram por unanimidade a proposta de aumento apresentada pelo poder Executivo aos professores da rede estadual de ensino.
O texto de Raquel Lyra promove o reajuste do piso salarial, em 14,95%. No entanto, a governadora só concedia o reajuste aos trabalhadores da educação que atualmente recebem abaixo do piso, o que segundo o Sintepe (sindicato dos profissionais da educação do Estado), só contemplava pouco mais de 6 mil trabalhadores, deixando de fora outros 52 mil.
“Só conseguiremos assegurar uma educação de qualidade mediante o reconhecimento dos esforços dos professores e servidores da nossa educação. Enquanto legisladores, temos o papel de procurar mediar esse impasse. O meu empenho aqui é neste sentido: ampliar o debate e trabalhar para construir consensos de modo que possamos assegurar a valorização de todos os nossos profissionais da rede estadual de ensino, com o foco sempre voltado à busca da isonomia entre a categoria”, disse o relator da proposta na comissão de Finanças, deputado Antonio Coelho (União Brasil).
Tanto na comissão de Finanças quanto na comissão de Educação, com relatoria do deputado João Paulo (PT), foram apresentados pareces pela rejeição da proposta de Raquel Lyra.
A principal crítica à Raquel Lyra tem sido a falta de diálogo com os professores. De acordo com o presidente da comissão de Educação, deputado Waldemar Borges (PSB), a prposta foi rejeitada no mérito por haver o entendimento de que ela deveria vir “dentro de uma negociação que apontasse alguma coisa para o conjunto da categoria”.