
Após 174 dias de tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a contratação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão foi finalmente sancionada pela governadora Raquel Lyra (PSD), nesta terça-feira (15). A expectativa é que os recursos estejam disponíveis aos cofres pernambucanos até dezembro deste ano.
Em uma cerimônia que reuniu os deputados da bancada governista no Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, Raquel assinou a operação de crédito e celebrou a oportunidade de ampliar os investimentos em infraestrutura no Estado.
“Ontem eu já estava na Secretaria do Tesouro Nacional, na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), para poder garantir esse recurso chegando quanto antes em Pernambuco. Ele se transformará em estrada no Arco Metropolitano, na duplicação da BR-232, em água que chega dentro da casa das pessoas, na reforma dos nossos hospitais”, anunciou.
A governadora encarou a assinatura como uma virada de chave no que diz respeito à relação com a Alepe. Ainda assim, deu um puxão de orelha no Legislativo ao destacar que, em seus tempos como deputada, a aprovação de empréstimos demorava apenas dois dias.
“Atrapalhar o desenvolvimento é fazer Pernambuco perder oportunidades porque quando a gente perde a oportunidade de um ano, de dois anos, a gente perde décadas pela frente”, afirmou.
“O que eu tenho dito para quem tem um mandato delegado pelo povo é que não trave o desenvolvimento de Pernambuco. Isso não diz respeito a Raquel. Esse dinheiro é para obras de um estado que ficou para trás quando a gente olha para nossos vizinhos”, continuou a governadora.
“Eu não me importo com a cor da bandeira partidária, agora também é importante que quem tem o mandato compreenda que essa demora só faz mal ao nosso povo. Eu tenho pressa e tenho angústia, porque eu sei o que precisa fazer. Quando você demora, você atrasa o desenvolvimento do nosso Estado”, complementou em seu anúncio.
Papel da oposição
Raquel Lyra aproveitou a oportunidade para fortalecer o papel democrático da oposição e pediu mais confiança na sua capacidade de executar os recursos solicitados.
“Uma oposição verdadeira vota o empréstimo e fiscaliza a execução dos recursos. E isso é bom para a democracia. Fiscalizem o nosso governo porque isso traz mais transparência e mais entrega. Mas não travem, não atrasem o desenvolvimento impedindo a gente de poder ter acesso a crédito. Porque a gente só tem acesso a crédito, não é por favor, é porque a gente organizou a casa, nem o banco empresta para aqueles que não têm dinheiro para pagar”.
A governadora ainda anunciou que já apresentou mais três projetos de operação de crédito para apreciação da Alepe. Dois atendem ao teto de gastos de R$ 2,2 bilhões e tem o foco internalizado na economia e na eficiência da máquina pública. O outro requisita R$ 1,7 bilhão para novos investimentos no estado.
A expectativa é assinar as três linhas de crédito ainda em 2025 que os recursos estejam em mãos já em janeiro do próximo ano. Com a missão de conseguir essas aprovações antes do recesso legislativo, a governadora defendeu que as propostas sejam levadas para votação no plenário.










