Os carros estão presentes em quase metade dos domicílios brasileiros, enquanto as motocicletas fazem parte da rotina de um quarto dos lares no país.
As conclusões são de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em termos absolutos, o número de domicílios com carro passou de 34,9 milhões em 2019 para 36,9 milhões em 2022. O aumento foi de 5,8%.
Já o número de lares com motocicleta saiu de 16,8 milhões em 2019 para 18,6 milhões em 2022. A alta foi de 10,2%.
Em termos percentuais, os domicílios com automóveis foram de 49,4% para 49,8% no período. O patamar mais recente é o maior de uma série histórica iniciada em 2016.
Entre as motocicletas, a proporção subiu de 23,8% em 2019 para 25% em 2022. O nível mais recente representa outro recorde na série, além de sinalizar um aumento maior (1,2 ponto percentual) do que o dos carros (0,4 ponto percentual).
Os dados integram uma versão da Pnad Contínua sobre as características dos moradores e dos domicílios. Em 2022, a pesquisa estimou o número de lares no país em 74,1 milhões.
Parte da coleta da Pnad foi afetada pela pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021. Por isso, a comparação da posse dos bens é feita entre 2022 e 2019.
Moto supera carro no Norte e no Nordeste
Os domicílios do Sul apresentaram o maior percentual de posse de automóvel entre as regiões em 2022 (69,2%). O Nordeste (29,9%) e o Norte (30,7%) registraram as menores proporções desse bem.
As duas regiões também se destacam por terem percentuais mais elevados de motos do que de carros. A proporção de domicílios com motocicletas foi de 35,3% no Norte e de 33% no Nordeste.
No Sudeste, 56,4% dos lares tinham automóveis em 2022. A proporção relativa a motocicletas foi de 18,8% na região.
Em 2023, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta em um programa de redução de preços para estimular a indústria automotiva e a venda de carros populares. Montadoras já anunciaram descontos.