O programa de renegociação de dívidas a ser lançado pelo governo federal terá como foco endividados que ganham até dois salários mínimos.
Batizado de “Desenrola”, o programa deve ser lançado em fevereiro com potencial de atender cerca de 40 milhões de pessoas.
A GloboNews apurou que um fundo com recursos da União será utilizado para honrar as dívidas dos endividados em caso de inadimplência.
Dessa forma, o risco para os bancos seria menor, e o programa seria mais atrativo para as instituições financeiras.
O Desenrola foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As conversas entre Ministério da Fazenda, instituições financeiras e birôs de crédito para implementação da medida estão avançadas.
Segundo o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, serão foco do programa as pessoas que ganham até 2 salários mínimos e que estão inadimplentes, ou seja, negativadas. Ele calcula que há de 35 milhões a 40 milhões de pessoas nessa situação.
Nessa faixa específica, o programa contará com dinheiro do Tesouro. Um fundo que deve garantir 100% da inadimplência que venha a ocorrer.
O programa, segundo Sidney, também deve ter uma segunda faixa de contemplados – composta por aqueles que ganham mais de três salários mínimos. Nesse segmento, os bancos assumiriam o risco sozinhos, sem a garantia do Tesouro.
Na faixa de três salários mínimos, o governo deve exigir que os bancos ofereçam um pouco de crédito para terem direito a participar da faixa de dois salários mínimos, que será praticamente de risco zero