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PRF pede demissão de policial que ensinava ‘câmara de gás’ em curso

PRF pede demissão de policial suspeito de ensinar 'câmara de gás'; vítima diz ter sido torturada

Em | Da Redação

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PRF pede demissão de policial que ensinava ‘câmara de gás’ em curso
Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal enviou ao Ministério da Justiça um pedido para demitir o policial Ronaldo Bandeira, servidor da PRF em Santa Catarina.

O pedido é resultado do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra Bandeira após a revelação de um vídeo em que o policial, que também dá aula em cursinho, ensina os alunos a fazer uma “câmara de gás” em uma viatura.

O método descrito por Bandeira é similar ao ocorrido no caso Genivaldo Santos – quando servidores da PRF de Sergipe asfixiaram até a morte um homem de 38 anos ao prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo, em 2022.

No vídeo que viralizou em redes sociais, Ronaldo Bandeira aparece em uma sala de aula relatando que usou esse procedimento em uma abordagem, em conjunto com outros policiais.

Em nota, a defesa de Ronaldo Bandeira afirmou que vai recorrer da decisão da corregedoria da PRF, “bem como irá interpor instrumento judicial contra a decisão que, no olhar da defesa, tem vários erros formais e materiais e em alguns aspectos é abusiva”.

“O Ronaldo é um profissional exemplar que está sofrendo com uma ação descabida, desproporcional e sem justa causa alguma. Tenho certeza que se lerem as razões de defesa, nossos fundamentos serão acatados”, diz a advogada Mariana Lixa.

Quando o vídeo viralizou, em 2022, a assessoria do curso preparatório do policial afirmou que o vídeo era de 2016 e estava “fora de contexto”. Segundo a equipe de Bandeira, a aula tratava da lei de 1997 que definiu o crime de tortura.

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