Pernambuco

Preso trio de agiotas que atuava há 20 anos em Pernambuco; chefe é falso major com patrimônio estimado em R$ 10 milhões

Em | Da Redação

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Preso trio de agiotas que atuava há 20 anos em Pernambuco; chefe é falso major com patrimônio estimado em R$ 10 milhões
Charles Williams Carneiro da Cunha Silva, Williams César Ribeiro e Syntia Roberta da Cruz são presos suspeitos de agiotagem — Foto: Montagem g1

Três pessoas foram presas por agiotagem durante uma operação da Polícia Civil no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Segundo as investigações, o grupo atuou por mais de 20 anos em cidades da Região Metropolitana e do Litoral Sul de Pernambuco, tomando bens de moradores que não conseguiam pagar dívidas com os criminosos

De acordo com a polícia, o esquema era comandado por Charles Williams Carneiro da Cunha, que se passava por major da Polícia Militar e acumulou um patrimônio estimado em cerca de R$ 10 milhões com os juros abusivos que cobrava das vítimas.

As informações sobre a operação, realizada por equipes da Delegacia de Porto de Galinhas, foram divulgadas nesta segunda (8).

Além de Charles Williams, foram presos a ex-companheira dele, Syntia Roberta da Cruz, que responde a um processo por tentativa de homicídio, e Williams César Ribeiro, também autuado por porte ilegal de arma de fogo.

Entre os itens apreendidos com os suspeitos estão uma pistola 9 milímetros e dois carros de luxo, além de simulacros e objetos que pertenciam às vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos emprestavam dinheiro a comerciantes e moradores de cidades como Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e Sirinhaém, no Litoral Sul. Conforme o inquérito, quando as dívidas não eram pagas, eles se apropriavam dos bens das vítimas.

“A investigação iniciou-se a partir do relato de uma vítima que tinha um estabelecimento comercial em Porto de Galinhas que funcionava em frente à delegacia. Após contrair o empréstimo com eles, ela não conseguiu honrar essa dívida e eles foram lá e se apropriaram desse comércio dela, passando a administrar [o negócio]”, contou o delegado de Porto de Galinhas, Ney Luiz.

A corporação acredita que o grupo tinha acordos financeiros com diversas pessoas na região, mas ainda não se sabe o número exato de vítimas. A polícia também investiga a participação de policiais militares no esquema.

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