Preso por matar delegada pernambucana Patrícia Neves é levado ao presídio

Tancredo Neves Feliciano de Arruda, homem que confessou matar a delegada da Polícia Civil da Bahia, Patrícia Neves Jackes Aires, foi levado para o presídio no Complexo da Mata Escura, em Salvador, nesta terça-feira (13). Réu confesso pelo crime, ele realizou o exame de corpo delito, no Instituto Médico Legal (IML), e posteriomente foi conduzido à penitenciária.

Na saída do local, ele conversou com a imprensa e confirmou a versão de que a briga que terminou na morte da delegada teria sido iniciada pela própria vítima. “Eu não estou justificando não, nada justifica”, declarou ao se mostrar emocionado e dar detalhee do que teria motivado o desentendimento.

“Eu falei que queria ficar em Salvador, para ficar com minha família, ela começou a me ameaçar, que ela não era lixo para ser descartada, e foi ela que puxou o carro para dentro do mato”, disse ao destacar o local em que o carro foi encontradao pela polícia, às margens da BR-324, nas proximidades do município de São Sebastião do Passé.
Confissão do crime

Nesta segunda-feira (12), em depoimento, Tancredo Neves disse que “girou o cinto de segurança no pescoço dela” para se defender de agressões durante uma discussão e que inventou a versão de que os dois teriam sido sequestrados.

Segundo ele, os dois saíram para beber, em Santo Antônio de Jesus, e Patrícia teria ficado alcoolizada. Durante viagem para Salvador, Tancredo Neves disse que eles pararam para urinar e seguiram o trajeto. Porém, ao passarem por um pedágio, ele disse para a mulher que o casal deveria repensar a relação.

De acordo com o suspeito, ao falar isso, Patrícia se descontrolou e teria dito que mataria a família e a filha dele. Além disso, teria puxado o volante do carro, provocando a batida em uma árvore. Depois, ela começou a bater e Tancredo utilizou o cinto de segurança para enforcar a mulher, com o objetivo de fazê-la parar e não de matar a delegada.

Ao perceber que Patrícia estava desacordada, o homem desceu do carro e ligou para a polícia. Neste momento, decidiu inventar a versão do suposto sequestro para tentar se livrar da culpa.