O prefeito de Palmas, capital do Tocantins, foi preso nesta sexta-feira (27) pela Polícia Federal (PF). Eduardo Siqueira ocupava o cargo na prefeitura desde 2025 e foi detido em nova fase da Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais que envolvia gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além da prisão do prefeito, agentes também cumpriram dois mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e outras medidas cautelares que foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin.
A investigação também aponta que há indícios de que informações confidencias estavam sendo acessadas de maneira indevida sendo articuladas e repassadas aos investigados tendo a participação de agentes públicos, advogados e operadores externos.
A PF afirma que o grupo usava os dados sensíveis para proteger os aliados e frustrar ações policiais e ampliar a rede de influência. A operação apura a existência de um núcleo financeiro-empresarial dedicado à lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, os valores ilícitos estariam no pagamento de propina em troca de decisões judiciais favoráveis no STJ.
Advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Todos os alvos são suspeitos de envolvimento em crimes como organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
Ordens de prisão, buscas e medidas cautelares foram cumpridas em Palmas. Polícia aponta que vazamentos chegaram a frustrar operações policiais.
