O presidente da associação de montadoras Anfavea, Márcio Lima Leite, disse nesta quinta-feira (25) que é possível que os preços dos veículos novos caiam para menos de R$ 60 mil com as medidas anunciadas pelo governo federal, como redução de PIS/Cofins.
As medidas do governo incluem os veículos novos em estoque no setor, disse Leite a jornalistas após participar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), no Palácio do Planalto
Alckmin anunciou que a principal medida será a redução de tributos para veículos de até R$ 120 mil, com a redução do IPI e do PIS/Cofins.
As reduções nos preços finais dos veículos vão variar de 1,5% até 10,96% —os descontos serão maiores para os carros mais baratos. Além do preço, dois outros fatores serão levados em conta para determinar o tamanho do desconto: a eficiência energética e a produção nacional. O governo ainda vai especificar quantas faixas de redução haverá.
Na reunião, o governo informou que o pacote será detalhado dentro de 15 dias. Até lá, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) realizará cálculos de medidas compensatórias para perda de receita com os incentivos.
O objetivo inicial do pacote era reduzir os valores iniciais de modelos compactos com motor 1.0 para algo entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Hoje, o automóvel mais barato vendido no Brasil é o Renault Kwid na versão Zen, que custa R$ 69 mil.
Segundo o vice-presidente, os carros mais baratos podem começar a serem vendidos por um valor abaixo de R$ 60 mil porque, além das reduções tributárias, há a possibilidade de vendas diretas da indústria, o que representaria um “desconto ex-tarifário importante”.
O governo federal afirma que a redução nos preços pode atingir 33 modelos, de 11 marcas.