A Polícia Federal investiga mais um nome ligado ao Centrão por desvio de dinheiro de recursos públicos. Desta vez, trata-se de Gilberto Gonçalves, prefeito de Rio Largo, no interior de em Alagoas, a 26 quilômetros de Maceió.
Gonçalves teria, segundo a suspeita da PF, embolsado dinheiro por meio de empresas de fachada. É a mesma linha de investigação que também levou à abertura de inquérito contra o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, do PL, partido de Jair Bolsonaro, também do Centrão.
A prefeitura de Rio Largo repassou recursos às empresas Litoral e Reauto. Parte dessa verba teria sido sacada por funcionários das firmas na boca do caixa, entre 2019 e 2022, em centenas de saques fracionados. Por duas vezes, seguranças particulares de Gonçalves teriam recebido valores logo após os saques.
Segundo investigadores disseram à coluna, o montante apurado chega a R$ 10 milhões. No curso da investigação, a polícia se valeu de de relatórios produzidos Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Após receber denúncia sobre os desvios, a Polícia Federal passou a monitorar Gonçalves e funcionários das duas empresas. No relatório, há fotos e vídeos que expõem a transação de envelopes.
“Os recursos foram sacados na agência da CAIXA em Rio Largo por PAULO JORGE e EDUARDO DOS SANTOS, funcionários da empresa LITORAL CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA, CNPJ: 31.139.642/0001-08, e, logo em seguida, foram encaminhados para integrantes da segurança pessoal de GILBERTO GONCALVES DA SILVA, prefeito de Rio Largo-AL”, diz trecho da investigação.
O portal alagoano Novo Extra publicou parte da investigação, que já circulava entre moradores da cidade. A veracidade do relatório de apuração foi confirmada pela coluna com fontes da Polícia Federal.