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Pernambuco

Polícia Civil investiga câmera escondida virada para cama em quarto de resort em Porto de Galinhas,PE

Câmera espiã estava instalada no que parecia ser uma tomada. Polícia Civil investiga instalação do dispositivo em flat cuja diária custa cerca de R$ 750.

Em | Da Redação com informações de G1

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Polícia Civil investiga câmera  escondida virada para  cama em quarto de resort  em Porto de Galinhas,PE
Resort Oka Beach Residence, na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas

A Polícia Civil está investigando a instalação de uma câmera de vídeo em frente à cama de um flat no OKA Beach Residence, um resort que funciona na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no Grande Recife. O equipamento foi encontrado por um casal de turistas de São Paulo que se hospedou no imóvel entre os dias 13 e 17 deste mês.

“É uma situação muito sensível, que envolve a intimidade do casal”, afirmou Campos, ao explicar porque o casal prefere não ser identificado. Segundo ele, a esposa está abalada, temendo que imagens íntimas se tornem públicas, e está sendo acompanhada por um médico psiquiatra.

A ocorrência está sendo investigada como crime de “registro não autorizado de intimidade sexual” (Art. 216 – b do Código Penal), que trata sobre “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes”, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

Resort Oka Beach Residence, na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas

Ela encontrou o que parecia ser um receptor de tomada, mas não conseguia colocar nenhum carregador no local. Ao examinar com a lanterna do celular, percebeu que se tratava de uma câmera.

A esposa, então, chamou o marido, que pesquisou uma foto do aparelho na internet e descobriu que se tratava de um modelo de “câmera espiã”.

Tomada embaixo da TV escondia câmera de gravação de imagens em quarto de resort em Porto de Galinhas — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o advogado, o casal comunicou a descoberta do equipamento imediatamente à gerencia do resort, que pediu a um funcionário para ir ao flat fazer imagens do objeto.

Neste momento, uma das amigas que viajava com eles consultou uma advogada, que orientou os turistas a registrarem um boletim de ocorrência. A denúncia foi formalizada na Delegacia da 43ª Circunscrição, em Porto de Galinhas, na noite do mesmo dia.

Enquanto isso, as amigas fizeram uma busca no apartamento em que estavam, mas não encontraram nenhum aparelho similar.

Os viajantes avaliam processar a Carpe Diem, empresa que administra o resort, e a plataforma de reserva de acomodações Booking, por onde contrataram a hospedagem.

“A responsabilidade, nesse caso, cabe à administração, que deveria ter feito toda a análise do quarto – o check-in, antes de eles entrarem no flat; e à própria Booking, a plataforma responsável, que fez o registro e ofereceu uma segurança que não existe”, argumentou Roque Henrique Campos.

No site de hospedagem, uma diária no resort custa cerca de R$ 750.

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