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Pix completa 5 anos e terá rastreamento para bloquear dinheiro de fraudes e golpes

Em | Da Redação

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Pix completa 5 anos e terá rastreamento para bloquear dinheiro de fraudes e golpes
(Foto: Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)
O Pix passará a ter um novo mecanismo contra as fraudes e golpes a partir do dia 23 de novembro. A medida vai rastrear o caminho dos recursos e compartilhar as informações com as instituições financeiras envolvidas.
 
Segundo o BC (Banco Central), isso permitirá bloquear valores em contas intermediárias e a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.
 
O pagamento instantâneo, que completa neste domingo (16) cinco anos de funcionamento, conta com o MED (Mecanismo Especial de Devolução).
 
Esse sistema de segurança para a devolução de recursos para a vítima de fraudes, golpes ou coerção, criado em 2021, será ampliado com uma nova versão, o chamado MED 2.0.
 
“Isso vai permitir que a gente rastreie o dinheiro nas camadas. Hoje, a gente só rastreia o dinheiro na primeira conta recebedora”, explica o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias de Brito Gomes, em live.
 
Ele dá um exemplo no caso de uma fraude de R$ 100. “A conta recebedora manda R$ 50 para um lado, R$ 50 para o outro. Cada conta que recebeu os R$ 50 faz mais transações, por sua vez. Agora, a gente vai poder, digamos assim, criar essa árvore de transações em várias camadas e bloquear os recursos com muito mais facilidade”, afirma o diretor do BC.
 
Atualmente, a notificação de fraude feita pelo cliente no aplicativo ou nos canais oficiais dos bancos permite o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora do recurso.
 
O problema é que os fraudadores, normalmente, conseguem retirar rapidamente os recursos dessa conta e transferi-los para outras contas.
 
Assim, quando o cliente faz a reclamação é comum que essa conta já não tenha fundos para viabilizar a devolução.
 
“Agora o fraudador não vai ter muito para onde mandar o dinheiro. A gente vai conseguir rastrear isso de maneira muito melhor”, acrescenta Gomes.
 
A nova funcionalidade será facultativa entre os bancos até 2 de fevereiro de 2026, quando passa a ser obrigatória.

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