Pernambuco

PF e CGU investigam desvios superiores a R$ 600 milhões em contratos firmados entre prefeituras de Pernambuco e organizações privadas

PF deflagra operação contra fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro em prefeituras de Pernambuco

Em | Da Redação

Atualizado em

PF e CGU investigam desvios superiores a R$ 600 milhões em contratos firmados entre prefeituras de Pernambuco e organizações privadas
Entidade recebeu pagamentos de prefeituras pernambucanas superiores a R$ 662 milhões entre 2019 e 2024.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) deflagrou, nesta terça (17), uma operação contra suspeitos de desviar recursos públicos em contratos firmados com prefeituras do estado e uma organização da sociedade civil e empresas privadas para o fornecimento de mão de obra terceirizada.

Realizada pela Delegacia da PF em Caruaru, no Agreste, a Operação Valatus apura crimes desde 2021.

A investigação partiu de indícios de irregularidades apuradas pela Controladoria Geral da União (CGU) durante a execução do Programa de Fiscalização de Entes Federativos no Estado de Pernambuco.
Segundo a PF, entre 2019 e 2024, a entidade investigada recebeu pagamentos superiores a R$ 662 milhões de diversas prefeituras pernambucanas. Do total, ao menos, R$ 431 milhões foram custeados com recursos federais.

“Os serviços supostamente prestados pelas investigadas eram, majoritariamente, de fornecimento de mão de obra para emprego na área de saúde” disse a PF, em comunicado oficial.

Operação

Oitenta policiais federais e oito servidores do quadro técnico da CGU cumprem 16 mandados de busca e apreensão em Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho, no Agreste. Todos os mandados foram expedidos pela 23ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. A JFPE determinou também a proibição dos investigados manterem contato entre si e se ausentarem da Comarca que residem sem autorização judicial. Imagens divulgadas pela PF mostram os policiais em ação e uma caixa com relógios que foram apreendidos. Crimes Os crimes investigados são de fraude de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As penas máximas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Entidade recebeu pagamentos de prefeituras pernambucanas superiores a R$ 662 milhões entre 2019 e 2024.

 

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