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PF apura em Pernambuco desvio inicial de R$ 1,8 milhão em fundação ligada ao Imip

Em | Da Redação

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PF apura em Pernambuco desvio inicial de R$ 1,8 milhão em fundação ligada ao Imip

A Fundação de Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes (FGH), uma das maiores organizações sociais de saúde do Nordeste e que tem ligação com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), com sede no Recife, foi alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (24). A suspeita é de desvio de verba pública, cujo valor é avaliado em mais de R$ 1,8 milhão.

Detalhes foram revelados pela Polícia Federal, em coletiva de imprensa, após o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão e do afastamento de dois gestores da FGH pelo prazo de 90 dias. Os nomes não foram divulgados.

Segundo o delegado federal Orlando Neves, a organização social tem contrato firmado com a Secretaria de Saúde de Pernambuco desde 2012, ainda no governo Eduardo Campos.

Atualmente, a FGH é responsável pela administração de 18 unidades de saúde no Estado, incluindo os hospitais Miguel Arraes, Dom Helder e Pelópidas Silveira e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) localizadas no Grande Recife e no interior. O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, construído pela Prefeitura do Recife, também faz parte da lista.

O delegado federal explicou que, durante a investigação iniciada em 2020, foi descoberto que havia vínculos familiares entre gestores da organização social e sócios das empresas contratadas para prestação de serviços nas unidades de saúde. “Muitos são irmãos e cônjuges.”

“As irregularidades seriam em relação ao direcionamento na contratação dessas empresas, o superfaturamento desses preços e, com as buscas, vamos verificar se os serviços estavam sendo prestados ou não”, disse o delegado federal.

As empresas contratadas pela organização social eram responsáveis, em geral, por serviços de limpeza e manutenção.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na sede do Imip, que fica no bairro dos Coelhos. Também foram cumpridos em residências dos investigados. Quebras de sigilo bancário, antes da operação, também foram realizadas com autorização da Justiça.

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