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Passageiros do submersível podem ter percebido o que ia acontecer 1 minuto antes da implosão, diz estudo

Os cinco passageiros do submersível Titan podem ter percebido o que ia acontecer nos 48 segundos antes da implosão. É a conclusão de um estudo realizado pelo engenheiro e especialista em submarinos José Luis Martín, para o site espanhol NIUS.

Em uma espécie de reconstrução do ocorrido, a pesquisa aponta que o submersível teria afundado “verticalmente” e “sem qualquer controle” durante, no mínimo, 900 metros, marcando os últimos segundos dos tripulantes do Titan – que desceu durante 48 a 71 segundos, sem que nenhum deles pudesse fazer alguma coisa.

Normalmente descendo no sentido horizontal, a cápsula pode ter sofrido uma “falha elétrica”, que a obrigou a mudar de posição: “Ficou sem motor e sem propulsão e é nessa altura que perde a comunicação”.

A mudança para a vertical teria sido motivada pelos 400 quilos somados dos passageiros, que teriam se “amontoado uns em cima dos outros” na parte da frente do submarino.

Especialista que viajou no Titan em 2019 diz ter ouvido estalos durante todo o mergulho | LIVE CNN

O Titan teve seu peso desequilibrado com a concentração do peso e assim virou para a vertical. “A estabilidade é o fator chave” para um submersível, explica o especialista.

No relatório consta ainda que “o piloto não conseguiu acionar a alavanca de emergência” e não tinha a possibilidade de manobrar com os elementos de controle e de segurança, que se encontravam “danificados”.

“À medida que caíam nas profundezas do oceano, o casco resistente foi sujeito a um súbito aumento de pressão”, o “impulso” diminuiu e o Titan tornou-se cada vez mais pesado, explica José Luis Martín.

Neste espaço de segundos, os passageiros do Titan estariam “conscientes” do que estava acontecendo: “Nesse período de tempo, estão conscientes de tudo e na escuridão total”.

“Após esses 48 segundos, ou um minuto, acontece a implosão e a morte súbita instantânea”, conclui o especialista. “É como quando se fura um balão”, explica.

O estudo de José Luis Martín teve por base fatores como o peso do submersível, a velocidade e o impulso. As tentativas de entender o que teria acontecido não param de surgir, a par de relatos sobre a falta de segurança do submarino.

O Titan implodiu e provocou a morte dos cinco passageiros a bordo, depois de ter desaparecido enquanto realizava uma visita aos destroços do Titanic em junho.

*As informações são da CNN Brasil.

Marcelo Passos

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