A cidade do Rio de Janeiro planeja um novo programa de combate à obesidade que vai oferecer medicamentos como a semaglutida (princípio ativo do Ozempic e Wegovy) e a liraglutida (molécula do Saxenda e Victoza), inicialmente indicados para o controle da diabetes, mas que se popularizaram por causa do efeito da perda de peso. As informações são da CNN Brasil .
Apesar de ter causado algum alvoroço, a iniciativa carioca não é nova. A liraglutida já é utilizada em cidades de Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo, e também faz parte de protocolos de tratamento do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do estado do Rio de Janeiro (Iede), do Hospital das Clínicas e do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo.
Ainda não há indicativo de incorporação dessas substâncias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2023, a fabricante Novo Nordisk pediu que a Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), avaliasse a inclusão, mas o parecer foi negativo. Apesar dos estudos que mostram a eficiência do medicamento, a estimativa de impacto orçamentário foi considerada elevada: R$ 12,6 bilhões em 5 anos.
Mas esse cenário pode mudar num futuro próximo. Depois da queda da patente, outros laboratórios passaram a produzir medicamentos a base de liraglutida, e, em dezembro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou o uso no Brasil dos dois primeiros deles, produzidos pela EMS. Com mais concorrência, a tendência é de que o preço do medicamento diminua.
Já a semaglutida permanece como patente exclusiva da Novo Nordisk até março de 2026 e, por enquanto, não é usada por nenhum serviço público. Nas farmácias, o preço das ampolas para um mês de uso varia de R$ 800 a R$ 2 mil, dependendo da dosagem.
A liraglutida é um pouco mais barata e pode ser comprada por cerca de R$ 700, mas exige aplicação diária, enquanto a semaglutida deve ser injetada uma vez por semana.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Karen de Marca se diz otimista com a adoção dos medicamentos na rede pública do Rio e com a possibilidade de que isso inspire outros entes públicos na mesma direção.
Ela também é diretora técnica-assistencial do Iede, uma das unidades públicas do Brasil que já utilizam a liraglutida em alguns pacientes.
“Essas medicações são da classe dos agonistas do GLP-1. Nos estudos se percebeu que ela conseguiu um bom controle glicêmico e também ajudou na manutenção dos níveis de insulina. É uma molécula bem completa, nós temos receptores pra essa molécula em diversos órgãos do corpo, desde o sistema nervoso central, onde ela ajuda às vezes no componente de saciedade, por isso que a gente começou a perceber que além de controle do diabetes, ela também pudesse ser útil ao paciente com obesidade”, explica a especialista.
O governo do presidente Lula (PT) lançou nesta terça-feira (14) o programa Mais Professores, com medidas de incentivos…
A ex-banheira do Gugu, Luiza Ambiel, de 52 anos, escolheu um fã para gravar vídeos…
Uma pesquisa de opinião pública divulgada nesta segunda-feira, 13, mostrou que o prefeito de Recife, João…
Jair Bolsonaro está apostando todas as suas fichas contra a popularidade de Lula nas mudanças do Pix. Na…
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) renovou, hoje, o alerta de chuvas intensas com perigo…
As chuvas que vêm atingindo todo o estado de Pernambuco nos últimos dias devem continuar…
This website uses cookies.