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O que fazer durante uma crise de ansiedade e como evitá-la?

Em | Da Redação

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O que fazer durante uma crise de ansiedade e como evitá-la?
Foto: Repordução/Pixabay

Você já passou por situações angustiantes, em que o corpo começa a ficar inquieto, o coração bate mais rápido e surge o famoso “aperto no peito”? Sintomas como esses são comuns durante uma crise de ansiedade, que é uma resposta corporal a cenários desconfortáveis.

suas manifestações físicas, entre elas as citadas anteriormente. Por isso, a avaliação de um profissional é indispensável para o diagnóstico correto e indicação de tratamento de acordo.

“Muitas vezes o paciente ou seus familiares próximos não percebem logo de cara que se trata de uma crise de ansiedade, principalmente quem nunca passou pelo problema anteriormente”, comenta Flavia Schueler, médica psiquiatra e diretora da SIG Residência Terapêutica.

De acordo com dados recentes da OMS (Organização Mundial de Saúde), a ansiedade afeta cerca de 18,6 milhões de pessoas no Brasil, número que vem crescendo desde que a pandemia da COVID-19 se instalou no Brasil e no mundo.

“Os sintomas de uma crise de ansiedade mudam de pessoa para pessoa, assim como sua duração. Mas existem alguns sintomas mais frequentes, como desconforto no peito, coração acelerado, falta de ar, tremores, sudorese, tensão muscular, tontura e enjoo“, alerta a especialista.

Segundo a psiquiatra, na maioria dos casos o “pico da crise” pode ter a duração de até 40 minutos com sintomas mais intensos: “Porém, o desconforto da ansiedade pode permanecer dias, até que o paciente seja medicado corretamente”, completa.

Gatilhos para transtornos de ansiedade – Flavia explica que o “contexto ansioso” é amplo, e que, por isso, há múltiplas ocorrências consequentes ao quadro. Um exemplo disso é o transtorno de pânico, que é caracterizado por um ataque intenso agudo de ansiedade acompanhado por sentimentos de desgraça iminente.

“Suas crises, também chamadas de ataques de pânico, são espontâneas e podem ter correlação com excitação, esforço físico ou trauma emocional. Elas têm a duração de no máximo 10 minutos, com sintomas crescentes de medo extremo e sensação de morte, associados aos sintomas físicos de taquicardia, palpitações, sudorese e dispneia“, resume a especialista.

Mas afinal, o que leva as pessoas a terem uma crise de ansiedade? De acordo com a médica, o motivo é variável: “As crises ansiosas podem ser desencadeadas por estresse intenso, dor crônica, privação de sono, situações de abusos emocionais e físicos, além de excesso de trabalho, como na síndrome de Burnout”, exemplifica.

Como amenizar o sofrimento decorrente da crise, de acordo com a psiquiatra:

Não tente se diagnosticar pelo “Doutor Google” – A médica comenta sobre a problemática de pesquisar sintomas na internet com a finalidade de obter um “diagnóstico” – o que é extremamente comum, porém perigoso. Segundo a especialista, atitudes como essas transformam em sugestões tudo o que há disponível online, fato que pode causar ainda mais ansiedade sobre o indivíduo.

“Sempre pedimos que, se o paciente desejar procurar alguma informação na internet, busque a fonte do que está lendo, e valorize as informações que são divulgadas em artigos científicos”. Além disso, a psiquiatra completa que, para uma identificação da condição de fato pertinente, é necessária a análise de um profissional qualificado.

Apoie-se em pensamentos positivos – Durante a crise, é interessante praticar técnicas de reforço positivo como: “isso é somente uma crise, não estou infartando, basta respirar fundo, logo irá passar”. A profissional deixa claro que pensamentos positivos em momentos estressantes são difíceis, mas não são impossíveis.

“É preciso trabalhá-los para colocá-los em prática. Se houver alguma medicação de suporte, é importante que o indivíduo em crise se utilize dela naquele momento”, declara.

A prevenção é fundamental – Sobre as atividades que auxiliam na prevenção de uma crise ansiosa está a mudança de estilo de vida com o viés mais saudável, com a inserção de exercícios físicos, boa alimentação e um bom padrão de sono. “Além disso, a diminuição da ingestão de álcool, cafeína e outros estimulantes também traz benefícios para aqueles que lutam contra essa situação”, comenta.

Ademais, a terapia também é essencial. “Além de tratar sintomas de estresse que deflagram a crise de ansiedade, também tem papel crucial na psicoeducação, já que ensina o paciente a reconhecer gatilhos de crise e a como se comportar diante da circunstância”, finaliza Flavia Schueler.

Da redação do PortalPE10, com informações do TNH1.

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