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Nova presidente do México,Claudia Sheinbaum, defende eleição para ministros do Supremo

Claudia Sheinbaum (Morena) cumprimenta apoiadores no encerramento da campanha. Foto: Eduardo Verdugo/Associated Press

Em | Da Redação

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Nova presidente do México,Claudia Sheinbaum, defende eleição para ministros do Supremo
Claudia Sheinbaum (Morena) cumprimenta apoiadores no encerramento da campanha. Foto: Eduardo Verdugo/Associated Press

A presidente recém-eleita do México, Claudia Sheinbaum, defende uma proposta controversa: alterar a Constituição para que ministros da Suprema Corte, ministros do tribunal eleitoral, desembargadores e juízes de primeira instância passem a ser eleitos por voto direto da população.

Além disso, todas as pessoas que atualmente ocupam esses cargos terão que renunciar.

A mudança é um desejo do atual presidente atual, Andrés Manuel López Obrador, principal apoiador de Sheinbaum. Ela já deu declarações favoráveis ao projeto de reforma judicial. Em uma entrevista ao “Financial Times”, ao ser perguntada sobre a proposta, respondeu: “O que queremos é mais democracia para o país, e os investimentos serão garantidos”.

Ela fez uma referência a investidores porque o México, por ser próximo dos Estados Unidos, recebe muitas empresas estrangeiras, e no país há uma discussão sobre uma possível insegurança jurídica caso os juízes passem a ser eleitos por voto direto da população.

López Obrador não conseguiu aprovar a reforma judicial pois são precisos dois terços dos votos no Legislativo, e os partidos governistas não têm essa quantidade de deputados e senadores.

Os eleitores do México foram às urnas no dia 2 de junho para eleger presidente, 128 senadores e 500 deputados e, se as previsões das pesquisas de intenção de voto se confirmarem, o partido Morena, que está no poder, poderá aumentar sua bancada no Legislativo.

A proposta já foi enviada à Câmara dos Deputados e está na mesa diretora, o que possibilita que ela seja retomada a qualquer momento, segundo a analista política mexicana Jimena Ortiz Díaz, da consultoria Inteligencia Más.

O plano dos governistas é que a primeira eleição para escolher os membros do judiciário aconteça em junho de 2025.

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