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Mulher enganada por prefeito desabafa: ‘Disse que faria um exame e me fez um aborto’

Em | Da Redação

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Mulher enganada por prefeito desabafa: ‘Disse que faria um exame e me fez um aborto’
Mulher e prefeito tinham um relacionamento amoroso instável, em especial após vítima descobrir que ele era casado

 

Rafaela Maria Santos, vítima de um aborto sem consentimento provocado pelo médico Erivelton Teixeira (PL), atual prefeito da cidade de Carolina, no Maranhão, falou sobre o caso após a repercussão do assunto no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (7).

O polítco é reu em uma ação que investiga a situação, em acusação feita pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Tocantins. O caso ocorreu em 2017 na cidade de Augustinópolis, estado vizinho.

Me senti um lixo, destroçada, me senti humilhada e enganada. Cheguei a sentir raiva de mim mesma por ter confiado nele e fiquei muito mal”, declarou, em entrevista ao site g1 Maranhão.

A vítima e Erivelton tinham um relacionamento amoroso instável, em especial após ela descobrir que ele era casado. Em novembro de 2016, ambos reataram, mesmo com a mulher sabendo que ele continuava casado. A gravidez foi descoberta cerca de cinco meses depois.

“Iniciamos o relacionamento em 2010 e ficamos durante três anos. Foi quando eu descobrir que ele era casado, então me separei dele. Depois de um tempo, conheci outra pessoa e, quando nos separamos, Erivelton voltou a entrar em contato comigo e aí foi quando reatamos. Terminamos novamente quando ele fez a aborto em mim”, adicionou Rafaela.

Em 2 de março de 2017, ele teria buscado a mulher em casa e afirmou que faria um exame com um aparelho de ultrassonografia portátil. Em seguida, foram para o motel. No local, segundo a denúncia do Ministério Público do Tocantins, pegou uma maleta e disse que tiraria sangue da mulher para a realização de exames.

No entanto, ele teria injetado o que seria um sedativo. Naquele momento, a vítima perdeu a consciência e ele fez o procedimento de curetagem com a ajuda de Lindomar da Silva Nascimento (PL), vereador da cidade e, à época, seu motorista.

Ambos teriam deixado a mulher em casa mesmo com a saúde debilitada por causa do procedimento, de acordo com a denúncia. Erivelton ainda levou da casa da vítima o exame de sangue que confirmava a gravidez e o cartão de gestante.

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