
A Anvisa aprovou o uso do Mounjaro para o tratamento da apneia do sono em adultos com obesidade. A decisão foi publicada na última sexta-feira (17) no Diário Oficial da União.
O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida e já era aprovado no país para o tratamento da diabetes tipo 2.
De acordo com a Eli Lilly, fabricante do medicamento, é o primeiro fármaco validado como terapia para apneia do sono no Brasil.
😴A apneia obstrutiva do sono (AOS), ou simplesmente apneia do sono, é um distúrbio caraterizado por episódios repetidos de respiração irregular devido ao bloqueio completo ou parcial das vias aéreas superiores. Os principais sintomas incluem ronco, despertar recorrente e sonolência diurna.
“A aprovação de Mounjaro para a apneia obstrutiva do sono é um marco transformador para os pacientes, já que se trata de uma condição subdiagnosticada e com opções de tratamento limitadas”, afirmou Luiz André Magno, diretor médico sênior da Lilly, em comunicado.
Estudos comprovam eficácia
A decisão da Anvisa se baseou em estudos clínicos que já haviam demonstrado a eficácia da tirzepatida no tratamento da apneia do sono.
➡️Uma pesquisa publicada em 2024 na revista científica “New England Journal of Medicine”, por exemplo, comprovou que a substância levou a uma redução significativa no número de interrupções respiratórias durante o sono, o que poderia melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas afetadas pela apneia do sono.
“Este estudo é um marco significativo no tratamento da AOS, oferecendo uma nova opção terapêutica promissora, que aborda complicações respiratórias e metabólicas”, afirma Atul Malhotra, principal autor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia.
De acordo com a farmacêutica, até 50% dos adultos em uso do medicamento deixaram de apresentar sintomas associados à apneia do sono.
Melhora na qualidade do sono
Além de causar uma piora na qualidade do sono, a apneia do sono pode resultar em níveis reduzidos de oxigênio no sangue, o que muitas vezes é associado a um maior risco de complicações cardiovasculares.









