
O governo de Javier Milei publicou nesta quarta-feira, 14, um decreto endurecendo as regras migratórias, o que pode afetar os milhares de brasileiros que vivem atualmente na Argentina.
Entre as medidas, que já haviam sido prometidas em dezembro do ano passado, estão a cobrança pelos serviços de saúde a estrangeiros, permissão para que universidades cobrem mensalidades de não-argentinos, regras mais rígidas de entrada e expulsões mais rápidas.
O anúncio foi feito inicialmente pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em sua tradicional coletiva de imprensa e posteriormente publicada no perfil oficial da presidência nas redes sociais.
Atualmente, mais de 90 mil brasileiros vivem na Argentina, segundo o Ministério de Relações Exteriores. Muitos vão ao país para estudar medicina em suas universidades públicas, a mais notória é a Universidade de Buenos Aires (UBA).
O número de brasileiros estudando em universidades argentinas gira em torno de 21 mil, sendo 13,9 mil nas universidades públicas, segundo dados do governo argentino de 2022, os últimos disponíveis.
Milei já havia dito que estrangeiros representam um “fardo” ao sistema público de ensino do país. O número total de pessoas de outras nacionalidades na educação superior, no entanto, representa apenas 4,1% do total de alunos da graduação e 9,9% da pós-graduação, calculou o site argentino de checagem Chequeado.