O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os presentes recebidos pela comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma visita oficial ao Catar, em 2019, teriam que ser devolvidos. Contudo, os ex-ministros Gilson Machado (Turismo) e Osmar Terra (Cidadania), além do ex-presidente da Apex-Brasil, o contra-almirante Sergio Segovia, ainda não devolveram os relógios de luxo. As informações são do Estadão.
Segundo o TCU, o recebimento dos bens por parte da comitiva “extrapolou os limites da razoabilidade”. Porém, apenas quatro dos sete notificados devolveram os itens de luxo.
As autoridades receberam do Catar relógios das marcas Cartier, Chopard, Hublot e Rolex, cujos valores chegam a R$ 100 mil, segundo estimativa do TCU com base no site das lojas. A devolução foi feita pelos ex-ministros Ernesto Araújo (Itamaraty), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) e pelo ex-assessor do Ministério da Economia Caio Megale, após a decisão do TCU.
Gilson Machado, então presidente da Embratur, informou ter contestado o pedido da Comissão de Ética Pública (CEP), sob a alegação de que houve cerceamento do direito de defesa. Sergio Segovia explicou que está disposto a devolver o relógio, mas disse não sabe como proceder. Osmar Terra não respondeu.