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Mercado de apostas sobre novo papa já aponta possível favorito; veja quem sai na frente

Com a morte do Papa Francisco, na última segunda-feira, o mundo volta os olhos para o Vaticano. Nas próximas semanas, o conclave elegerá o próximo líder da Igreja Católica. Em paralelo ao ritual centenário, surgem também as apostas: quem será o novo Papa?

Em países como Reino Unido, Irlanda e Itália, casas especializadas já aceitam palpites sobre os favoritos. E o mercado de bets (apostas) já aponta dois favoritos claros: Luis Antonio Tagle e Pietro Parolin.Mas e no Brasil? A resposta é direta: apostar no próximo Papa é proibido por aqui.

Dois favoritos ao cargo de novo papa

Segundo o portal Aposta Legal, o filipino Luis Antonio Tagle, de 67 anos, é apontado por muitos como o “Francisco asiático” por seu estilo pastoral compassivo e voltado para a justiça social. Ex-arcebispo de Manila e atual pró-prefeito da Seção para a Primeira Evangelização — dentro do novo Dicastério para a Evangelização —, ele ganhou destaque por sua postura acolhedora em relação a grupos historicamente marginalizados pela Igreja, como mães solteiras, pessoas LGBTQ+ e divorciados.

Embora mantenha fidelidade à doutrina, tem se esforçado por promover uma linguagem mais inclusiva e um olhar mais empático, em linha com o legado de Francisco. Tagle aparece com odds (chances) entre 3.5 e 4, o que representa uma chance implícita de cerca de 25%, segundo as principais casas de apostas britânicas e italianas monitoradas pela plataforma OddsChecker.

Lembrando que, quanto menor a odd, maior a chance estimada de vitória. Por exemplo, uma odd de 2.0 representa uma chance de 50%; já uma odd de 50.0 representa apenas 2%. Seu nome ganhou força após a morte do Papa Francisco, chegando a ultrapassar Pietro Parolin em algumas plataformas.

Parolin, por sua vez, segue como o nome com maior probabilidade estatística nas apostas. Com odds entre 2.5 e 2.88, ele tem aproximadamente 40% de chance de ser eleito. Atual secretário de Estado do Vaticano e com ampla trajetória diplomática, Parolin é visto como um perfil de continuidade. Sua postura moderada, sua atuação como articulador internacional da Santa Sé e o respeito que desfruta entre os cardeais o colocam como uma escolha sólida dentro do colégio eleitoral.

Apostas no próximo Papa proibidas no Brasil

De acordo com a legislação vigente, apostas de cota fixa — modalidade em que o apostador sabe quanto pode ganhar no momento em que aposta — só são permitidas no Brasil quando relacionadas a eventos esportivos previamente autorizados. O novo marco regulatório das apostas, publicado pelo Ministério da Fazenda entre 2023 e 2024, também estabelece que eventos não esportivos, de caráter político, religioso ou moralmente sensíveis, não podem ser explorados por operadores legalizados no país.

Mercado aposta também no continente do novo Papa

Além de nomes, os apostadores também arriscam palpites sobre de onde virá o próximo Papa. No site Polymarket, que opera com contratos de predição, a Europa lidera com 60% de probabilidade, seguida pela Ásia (26%) e África (12%). As chances para América do Norte (2%) e América do Sul (1%) são residuais. Poucos acreditam que não haverá novo Papa ainda em 2025 — essa opção registra apenas 1% das apostas. Uma outra pergunta popular nas bolsas de apostas: “O próximo Papa será negro?”. A chance, segundo o mercado, é hoje de 13%, e caiu nas últimas 24 horas.

Apostas não influenciam conclave, mas refletem tendências

As apostas não exerçam qualquer influência formal sobre o processo de escolha do pontífice — que ocorre em sessões fechadas com 120 cardeais eleitores. No entanto, as bets funcionam como termômetro informal da percepção pública e das articulações percebidas dentro da Igreja.

Esse é um dos mercados mais voláteis do mundo das apostas. Pequenos sinais como discursos, entrevistas ou mesmo menções em documentos podem fazer as probabilidades de um cardeal despencarem ou dispararem de um dia para o outro.

Apesar de Tagle e Parolin ocuparem as primeiras posições, conclaves anteriores já mostraram que o favorito raramente é garantia de vitória. Joseph Ratzinger e Jorge Mario Bergoglio, por exemplo, não estavam no topo das bolsas de apostas nos dias que antecederam suas eleições.

 

Marcelo Passos

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