A menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, teve uma piora clínica e morreu às 9h22 deste sábado (16). Ela estava internada desde o dia 7 de setembro, quando foi atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal.
Segundo o boletim médico divulgado pela secretaria de Saúde de Caxias na manhã desta quarta, a criança tinha tido uma pequena piora no estado de saúde, que já era considerado instável e gravíssimo.
Heloísa estava internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Ela estava no carro com a família quando foi baleada no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público Federal (MPF) identificaram e investigam a conduta do agente da PRF que esteve à paisana hospital onde está internada a menina Heloísa.
Imagens das câmeras de segurança do hospital mostram o homem entrando no local, sem se identificar, e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica. O nome do policial rodoviário federal não foi divulgado.
William Silva, pai de Heloísa, esteve nesta segunda-feira (11) no MPF para prestar depoimento. Ele contou que chegou a conversar com o agente da PRF que esteve no local.
“[Ele] não se sentiu ameaçado, chegou a conversar com esse policial. No curso das investigações, se ficar provado que esse policial entrou no CTI sem autorização, evidentemente pode ser caracterizado um abuso de autoridade sem prejuízo de sanções disciplinares por parte da PRF”, disse o procurador da República, Eduardo Benones, que investiga o caso.